Policial bolsonarista invade salão de festas e mata dirigente petista

Uma tragédia aconteceu na madrugada deste domingo em Foz do Iguaçu (PR), onde um policial penal federal se identificando ser bolsonarista, ou seja, defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu um salão de festas onde se realizava a comemoração dos 50 anos de idade do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT no município paranaense, e disparou tiros contra o profissional da segurança pública e dirigente do Partido dos Trabalhadores.

Ele foi alvejado por três tiros pelo policial Jorge José da Rocha Guaranho, que já havia estado antes no local e de dentro do carro ameaçado o petista e demais participantes da festa comemorativa, apontando um revólver para o local e gritando palavras de ordens: “É Bolsonaro, seus filhos da puta”. Neste momento, estavam no carro dele a esposa e o filho. A esposa, segundo testemunhas, pedia para ele parar com as ameaças e ir embora. Ele saiu do local, mas prometeu voltar. “Eu vou voltar e matar todos vocês, seus desgraçados”.

Após 15 minutos, em média, ele retornou ao local, entrou no salão de festas e disparou tiros contra o dirigente petista, que mesmo no chão ainda conseguiu sacar sua arma para tentar se defender, desferindo alguns tiros contra o policial bolsonarista. Os dois foram socorridos e internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital da cidade, mas não resistiram aos ferimentos, segundo as primeiras informações da polícia.

Várias lideranças políticas da esquerda e da direita lamentaram a tragédia, prestaram solidariedade aos familiares do dirigente petista e do policial bolsonarista, e responsabilizaram o presidente da República pela escalada da violência política no país.

“Bolsonarista assassina Marcelo Arruda, líder do PT em Foz do Iguaçu, durante sua própria festa de aniversário. O petista escolheu como tema da festa Lula e o PT, e isso provocou ódio ao seguidor de Bolsonaro, e a morte de um pai de 4 filhos, um deles de apenas 1 mês”, lamentou o senador Rogério Carvalho (PT), pré-candidato a governador de Sergipe.

“A tragédia em Foz do Iguaçu é infelizmente uma consequência previsível do clima de violência política armada que é estimulado diariamente por Bolsonaro e seus parceiros, com a tolerância do Congresso e dos órgãos de controle. Eleição não é guerra, somos todos brasileiros!”, condena o senador Alessandro Vieira (PSDB), também pré-candidato a governador de Sergipe.

O aumento da violência política nas ruas, segundo relato de especialistas, deve ser atribuído ao discurso de ódio do presidente Jair Bolsonaro.



Por Redação
Foto: Divulgação

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