Na noite da última sexta-feira, 03, quatro estudantes canindeenses do curso de Rádio e TV da unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Nossa Senhora da Glória (Senac Glória) foram abordados, por volta das 23h, quando retornavam para suas residências no município de Canindé de São Francisco, por policiais da Companhia Independente de Operações Policiais em Área de Caatinga (CIOPAC), da Polícia Militar do Estado de Sergipe (PM-SE), em duas viaturas.
A ação policial aconteceu entre os municípios de Monte Alegre de Sergipe e Poço Redondo. Durante a abordagem um dos estudantes chegou a ser agredido fisicamente por um dos policiais, fato ocorrido devido ao questionamento feito acerca do motivo pelo qual se deu o procedimento policial.
No decorrer da abordagem os agentes estatais realizaram a revista do integrante do veículo, e, ao final do procedimento, de acordo com os relatos das vítimas, o autor do questionamento recebeu uma segunda agressão, com um tapa na cara, se deparando com dois policiais, um de cada lado dele, portando uma metralhadora. Outro detalhe relatado foi que todos os policiais estavam usando capuz.
Já no sábado, 4, os estudantes foram orientados pelos seus advogados a prestar queixa em uma delegacia, e, logo em seguida protocolar a denúncia na Corregedoria da Polícia Militar de Sergipe, ao chegarem à delegacia regional de Nossa Senhora da Glória, foram informados que o sistema estava fora do ar e que não havia possibilidade de fazer o Boletim de Ocorrência devido a questões de ordem administrativa, tendo em vista que o fato se tratou de abuso da autoridade policial.
O Estado tem entre suas prerrogativas o chamado “monopólio do uso da força” como forma de garantir a ordem social. Essa prática se dá através das polícias, especialmente, no caso do Brasil, as militares. Até onde o uso da força é legal? Em que ponto vira violência policial contra as pessoas?
Por Bruno Balbino
Foto: Divulgação
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