Candidaturas possivelmente laranjas no PSDB, MDB e PSB de Sergipe estão na mira da Polícia Federal e da Procuradoria Regional Eleitoral. A procuradora da República, Eunice Dantas, anunciou nesta quarta-feira que está aguardando a conclusão das investigações que estão sendo feitas pela Polícia Federal para avaliar a possibilidade de denunciar os possíveis envolvidos em irregularidades encontradas em prestação de contas das candidaturas de gênero na eleição para a Assembleia Legislativa de Sergipe no ano passado.
Também estão sendo investigados os repasses de verbas que foram feitos pela direção nacional do PSDB às candidaturas de gênero em Sergipe. A procuradora também solicitou à direção nacional do partido mais informações sobre os valores repassadas para as candidaturas suspeitas.
A Polícia Federal apurou que uma das mulheres indicadas pelo MDB obteve apenas 186 votos, mas recebeu mais de R$ 480 mil para investir na campanha, o que leva a suspeita dela ter sido usada como candidata laranja.
Mesmo identificando que a candidata emedebista investiu mais de R$ 418 mil no marketing da campanha, a procuradora salienta que não encontrou propagandas que justificassem os altos valores com marketing eleitoral. A suspeita é que pode ter ocorrido superfaturamento ou simplesmente o serviço não foi prestado pela empresa contratada.
Apesar de ter feito uma candidatura amadora, a candidata teria repassado dinheiro a cinco empresas especializadas em marketing, além de gráficas para a impressão do material de campanha. Foi constatado que uma das empresas de comunicação visual está inapta, ou seja, sem funcionar por alguma irregularidade junto a Receita Federal.
Já no PSDB, foram identificados indícios de irregularidades em três candidaturas. O partido repassou mais de R$ 300 mil para três ex-candidatas, sendo que cada uma recebeu pouco mais de R$ 100 mil para investir nas campanhas. O estranho é que as três desconhecem a existência do dinheiro. A Polícia Federal também investiga candidaturas de gênero no PSB com provável repasse ilegal de dinheiro.
Todas as candidatas ouvidas até o momento concorreram à Assembleia Legislativa e tiveram votação inexpressiva, o que pode ser um sinal de que foram usadas como laranjas.
A tendência, segundo uma fonte informou ao Hora News, é que a Polícia Federal decida por indiciar os responsáveis pelas candidaturas laranjas, bem como as empresas de marketing. Ainda, de acordo com essa fonte, uma dessas empresas investigadas pertence a um empresário do ramo da Publicidade e do Jornalismo.
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