PMA vai reconstruir Museu do Mangue na Coroa do Meio

O Museu do Mangue será efetivamente reconstuído, apesar do elevado custo. A promessa foi feita pelo prefeito Edvaldo Nogueira, que contabiliza prejuízos na ordem de R$ 1 milhão provocados por um incêndio, ocorrido no dia 23 de junho do ano passado, que destruiu completamente o empreendimento.

O prefeito informa que as investigações desencadeadas pela polícia não apontaram a autoria do incêndio e, como consequência, a Prefeitura de Aracaju terá que assumir o ônus para reconstruí-lo. Fogos de artifícios foram apontados como supostas causas do incêndio.

O prefeito não deu detalhes, mas garantiu que já adotou medidas para iniciar a reconstrução do Museu do Mangue, na Coroa do Meio. “Já estamos recuperando o Museu e não será mudado o objeto”, garantiu o prefeito ao Portal Infonet. “Foi muito alto o prejuízo, mas a prefeitura vai ter que assumir e nós já estamos fazendo porque não podemos deixar a obra lá, como está”, ressaltou. “O inquérito [da polícia] não revelou ninguém como responsável, então cabe a prefeitura fazer os reparos e nós vamos fazer”, promete.

Obras inacabadas

O prefeito Edvaldo Nogueira não reconhece os problemas que a população que reside no bairro 17 de Março enfrenta. Apesar da população reclamar e das evidências do abandono com depredação do espaço multi-uso, o prefeito acha que o 17 de Março se traduz em maravilha. “Que problemas? A infraestrutura está sendo feita”, questionou. “Entregamos 900 residências e todas têm infraestrutura: tem esgoto, água, luz e o transporte passa por lá, não há deficiência”, ressaltou, no primeiro momento.

Depois de muita insistência da reportagem, o prefeito admitiu problemas no sistema de transporte e a depredação do equipamento, informando que as soluções para o bairro já estão sendo buscadas pelo município. “A dificuldade do ônibus é de trajeto porque precisa fazer uma ponte ligando o Santa Maria ao 17 de Março e esta ponte está em processo licitatório para fazer. É um problema porque o ônibus dá uma volta, mas é um problema que vai ser resolvido”, disse.

O prefeito não reconheceu que há equipamento depredado nem abandono no 17 de Março, mas depois admitiu a ocorrência de atos de vandalismo que destruíram parte de uma obra inacabada. “Ali ia ser um galpão para treinamento, era um prédio multi-uso, e nós vamos mudar para ser um ginásio esportivo. Resolvemos mudar porque fica melhor para a comunidade”, explicou, depois de muita insistência da equipe de reportagem.

Para o prefeito, a ação de vandalismo não se resume ao 17 de Março. “Na Treze de Julho já há bancos quebrados antes de inaugurar. Ali, (17 de Março) é uma obra que está sendo feita e, infelizmente, antes da obra estar pronta, há a depredação”, admitiu, finalmente. Nogueira informou que na próxima semana estará assinando ordem de serviço para a construção da escola Luiz Antonio Barreto naquele bairro. “Vamos também fazer uma Praça da Juventude. Não se faz um bairro em dois dias. A questão nem é recursos, é tempo. É o tempo quem faz. As obras estão dentro do cronograma”.

Os problemas do 17 de Março vão além da depredação, na ótica do prefeito. “Ali, a questão é que há obras do Deso que precisam acabar, problemas do Canal Santa Maria que precisam ser resolvidos… Não é uma obra simples e eu vou fazer uma obra bem feita. Não quero fazer como os outros que fizeram obras e com três meses acabaram”, resume.

Deso

O prefeito Edvaldo Nogueira reconhece ainda dificuldades nos entendimentos entre as empresas contratadas pela Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) e a Prefeitura de Aracaju para fazer o recapeamento de ruas onde estão sendo realizadas obras de saneamento básico em vários bairros da cidade. “Em todo lugar há obras do Deso e a solução que nós buscamos é que se faça convênio em que a Deso possa furar e a prefeitura possa tapar e este convênio é feito com as empresas”, ressaltou. “Com algumas empresas, o convênio já foi feito. Nos lugares onde há o convênio, as coisas estão funcionando. Se faz a obra e a Emurb recebe o dinheiro e faz o conserto. Em outros locais, onde as empresas não querem fazer o convênio, demora a ser feito (o serviço)”, comentou.

Edvaldo Nogueira revelou que tem insistido para que este convênio seja estendido a todos os contratos do Deso para realização de obras de saneamento básico. “Já tive conversa com Bosco (Mendonça, presidente do Deso) e vamos fazer outra reunião com os novos dirigentes do Deso para tentar equacionar porque, de fato, é um grande problema. Mas a prefeitura não pode fazer a obra porque a obra é contratada por uma empresa. Licenciamos o Deso a fazer o esgoto porque o projeto é: abrir o buraco e fechar o buraco. Este é o trabalho e a prefeitura está fiscalizando”, ressaltou.

O prefeito informou que, na semana passada, técnicos da prefeitura tiveram um atrito com a equipe do Deso porque não foram colocadas placas de sinalização em uma rua de alto movimento onde estão sendo executados os serviços. “Nós fomos lá e mandamos parar a obra e voltou (o serviço) depois, quando colocaram placas e sinalização”, informou o prefeito.

Por Cássia Santana
Fonte: Infonet

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