Pesquisa Ibope revela crescimento da Jovem Pan Aracaju e liderança do Jornal da Manhã

Pesquisa Kantar Ibope Media, que serve de monitoramento da audiência da programação de rádio no Brasil, divulgada nesta semana, revela a posição das emissoras de rádio da capital sergipana. A mais nova sondagem, realizada entre os dias 18 e 25 de outubro de 2021, em Aracaju e Região Metropolitana, mostra a Rádio Jovem Pan Aracaju em amplo crescimento.

A emissora pertencente ao Grupo Lomes de Comunicação é líder de audiência em vários horários, entre eles o Jornal da Manhã, edição local, que é apresentado pelo jornalista Paulo Sousa, com a participação da comunicadora Fabiana Ferrari e os comentários de Lomes Nascimento. O programa jornalístico mantém o 1º lugar em audiência pela segunda vez consecutiva, de acordo com o Instituto Ibope.

O publicitário e professor Murilo Lima, gerente comercial da Jovem Pan Aracaju, especialista em gestão de empresas, analista comportamental e articulista do Hora News, avalia nesta entrevista o cenário do rádio e revela alguns dos resultados da última pesquisa de audiência em Sergipe.

Hora News – A Kantar Ibope Media realizou pesquisa de audiência de rádio em outubro deste ano. Como é feita uma pesquisa de rádio?

Murilo Lima – A pesquisa da Kantar utiliza uma metodologia denominada recall. A amostra estatística é de 1.200 pessoas que são entrevistadas presencialmente na Região Metropolitana de Aracaju durante 7 dias e respondem a perguntas sobre o que escutaram ontem, anteontem, com horários detalhados, o local que ouviram a emissora, entre outras perguntas, para mensurar mais detalhadamente a audiência. Todo o processo de coleta, processamento e entrega de dados é auditado por uma consultoria independente contratada pela Associação Brasileira de Agências de Publicidade. A pesquisa, portanto, é um retrato extremamente confiável da audiência feito por uma empresa especialista em pesquisas de mercado em toda América Latina.

HN – E quais os resultados de destaque para a Jovem Pan Aracaju?

ML – A emissora cresceu quase 27% em audiência quando comparamos os resultados das duas pesquisas feitas neste ano, alcançando quase 230 mil ouvintes únicos em 30 dias, sendo 35% de ouvintes das classes A e B. Os programas JORNAL DA MANHÃ e PÂNICO são líderes de audiência nas classes A e B e em todas as faixas etárias e o programa JURASSIC PAN em apenas três meses conquistou a liderança nas classes A e B e nas faixas etárias de 18 a 24 anos e 35 a 39 anos. Esses resultados são fruto do trabalho de todo o time da emissora, mas principalmente dos departamentos jornalístico e artístico da emissora.

HN – Você atua no mercado de comunicação há mais de 15 anos tendo passado por algumas das principais emissoras de rádio e TV do estado. Neste período as redes sociais conquistaram maior relevância. Qual é a força do meio rádio neste cenário?

ML – Maior do que nunca. Ao contrário do que muitos imaginam, mesmo com tantas opções, o consumo de conteúdo via rádio aumentou no último ano. O estudo Inside Radio 2021 da Kantar Ibope Media, realizado em 13 regiões metropolitanas do Brasil, mostra que 80% da população dessas regiões ouvem rádio. Na região metropolitana de Aracaju esse número é ainda maior: 85% das pessoas que moram em Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros ouvem rádio. São quase 700 mil pessoas com tempo médio de 2h54m para cada ouvinte.

HN – Mas as pessoas não têm passado cada vez mais tempo nas redes sociais?

ML – Sim, mas quantidade de horas online não necessariamente garante qualidade do conteúdo consumido. Vivemos numa era de informação abundante, mas nem sempre confiável. É preciso desenvolver discernimento midiático e o rádio, com quase 100 anos no Brasil, é especialista em noticiar e entreter com qualidade e confiabilidade, enquanto as redes sociais são uma terra sem lei onde proliferam a poluição informacional e a desinformação. O IPESPE – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, realizou uma pesquisa em 2019 revelando que 72% dos entrevistados consideram falsas as informações divulgadas pelo Whastapp e 70% consideram falsas as notícias do Facebook. A percepção sobre notícias falsas também é alta no Twitter, 52%, e no Instagram, 55%.

HN – O que você quer dizer com discernimento midiático?

ML – As tecnologias avançam e com elas novas formas de circulação de informação surgem, as redes sociais têm sua utilidade e valor, mas em relação ao conteúdo é preciso aprender a diferenciar o fato da fake news, a informação do boato e da manipulação. Tomar como verdade o que as redes sociais propagam sem, antes de tudo, apurar muito bem de onde vem a informação, verificar sua veracidade e a qualidade da fonte é um risco. É preciso se ater a fatos e os dados. Para isso, existe o jornalismo profissional, sério e responsável em veículos como o rádio. Não é porque um conteúdo espalhado em grupos de WhatsApp diz exatamente o que alguém acredita que aquilo é verdade. Na pesquisa do IPESPE o rádio foi considerado o veículo mais confiável por 64% dos entrevistados que consideram como confiáveis as informações divulgadas pelo meio.

HN – Quais as perspectivas para o mercado do rádio em Sergipe?

ML – A Região Metropolitana de Aracaju tem atualmente 15 emissoras de FM atuando num mercado que ainda enfrenta os desafios impostos pela pandemia e suas consequências econômicas, e o que se vê ainda são muitas emissoras oferecendo mais do mesmo e apenas algumas se diferenciando em estratégias e conteúdo. Para garantir competitividade é preciso uma gestão profissional do negócio que leve em conta, entre outras variáveis, a análise de dados de pesquisa para tomada de decisão, pois num mercado cada vez mais competitivo, não é mais possível obter resultados significativos, sejam comercias ou de audiência, baseado em senso comum, empirismo ou achismos. É preciso monitorar o mercado e a audiência, identificar nichos e segmentos pouco explorados para a criação e veiculação de uma programação diferenciada e inovadora. Para isso, é preciso uma equipe qualificada e motivada e investimentos em tecnologia para criar convergência e integração do rádio às novas plataformas de conteúdo (internet, redes sociais, aplicativos) ampliando o alcance e diversificando a audiência no rádio e nos canais online. O melhor exemplo disso é a Rede Jovem Pan que lançou a plataforma de streaming Panflix com conteúdo disponível no rádio, em celulares, computadores, tablets e smartTVs, tanto o que já é exibido no rádio quanto com atrações criadas especialmente para a plataforma.

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