Com a necessidade de promover ações de combate a expansão do Coronavírus (Convid-19), os poderes públicos estadual e municipal adotaram várias medidas, sendo a principal delas o fechamento da maior parte do comércio e das feiras livres. Mas essa decisão parece não ter agradado a população. É o que evidencia o levantamento feito pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese).
A entidade realizou uma pesquisa de opinião pública online entre os dias 27 de março e 1º de abril. O questionário foi respondido por 2399 pessoas de 43 cidades do Estado – sendo grande parte da Capital, Aracaju. E a maioria delas disse querer o funcionamento do comércio e também das feiras livres, desde que se adotem as medidas de segurança de saúde e higienização necessárias.
A pesquisa promoveu dois questionamentos. No primeiro, sobre a proibição da realização de feiras livres diante da ameaça do Coronavírus, 75,4% responderam que são a favor da abertura, desde que respeitem as regras sanitárias e os protocolos de saúde. Somente 25,6% disseram que são a favor do fechamento total das feiras.
Já o segundo indagação era sobre o fechamento do comércio. E, mais uma vez, a maioria dos que se manifestaram foi a favor do retorno às atividades: 47,1% desejam a abertura total, desde que se respeitem as regras sanitárias e os protocolos de saúde. Já 28,6% acham que a melhor medida é a abertura parcial, também respeitando as normas de saúde, enquanto 24,3% acreditam que o comércio tenha que ficar fechado.
O levantamento expõe que a vontade popular vai de encontro às decisões do Governo do Estado e da Prefeitura de Aracaju, além da recomendação conjunta feita pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público do Estado de Sergipe (MP/SE), para que seja penso o funcionamento de estabelecimentos que não são considerados essenciais pelas regras federais.
Marco Pinheiro, presidente da Acese, analisa que a pesquisa de opinião evidencia que é preciso ouvir a sociedade.
“Sabemos da importância da ação de combate ao Coronavírus, mas é preciso entender que tanto o comércio quanto às feiras livres atentem necessidades básicas da população. Por isso, como esse levantamento demonstra, as pessoas querem a retomada desses serviços o quanto antes”, assegura.
O presidente entende que é viável atender a esse apelo, desde que sejam adotadas regras de segurança.
“Estudamos várias normas que podem ser adotadas também pelos lojistas quanto pelas feiras livres. O setor produtivo tem debatido muito e ouvido especialistas. Agora, cabe a Prefeitura e ao Estado dialogarem ouvindo o clamor que não somente nosso, mas da população como um todo, como mostra essa pesquisa”, finaliza Marco Pinheiro.
Por Daniel Soares
Foto: Divulgação
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