Para tirar o foco da pandemia e garantir eleição, governo divulga mentiras e comete crime, diz Alessandro Vieira

O senador Alessandro Vieira, presidente estadual do Cidadania, relatou nesta segunda-feira (23) aos jornalistas Paulo Sousa e Rosalvo Nogueira, durante entrevista no Jornal da Manhã (Jovem Pan FM), como foi ter vivido na pele a experiência da Covid-19.

“Eu fui contaminado em Brasília, provavelmente durante uma reunião, onde estavam o Major Olímpio, que infelizmente faleceu, o senador Lasier Martins e vários outros assessores. Desse grupo, mais seis pessoas foram contaminadas. Quando retornei para Sergipe, já tinha alguns sintomas. Depois da confirmação, os sintomas se agravaram, como a redução da saturação de oxigênio no sangue e febre contínua. A tomografia constatou 50% de comprometimento dos pulmões. A equipe médica do Dr. Fabrício, do Hospital Primavera, decidiu pela internação e fez a recomendação de buscar atendimento em São Paulo”, relembra o senador, que falou aos jornalistas pela primeira vez após deixar o hospital.

De acordo com Alessandro Vieira, enquanto o Reino Unido aprendeu com os erros no início da pandemia e hoje tem metade de sua população adulta vacinada, o governo brasileiro continua praticando os mesmos erros num momento grave da doença.

“No começo da pandemia, não saber lidar com o problema era até natural, vários países tiveram dificuldades. Mas, à medida que a gravidade foi aumentando, esses países foram corrigindo os erros. O Reino Unido, no início da pandemia, assim como o presidente Bolsonaro, não acreditava que a doença teria essa consequência toda. Hoje, o Reino Unido entendeu o erro e tem metade da população adulta vacinada. No Brasil, permanecemos no erro até hoje”, observa

O senador ainda acrescentou que “o governo e seus apoiadores gastam energia divulgando mentiras que tem o objetivo de tirar o foco do problema e garantir as eleições de 2022 sem prejuízo, ultrapassando o limite do erro, caracterizando crime, porque as pessoas estão morrendo […] tem muita gente que coloca eleição e dinheiro acima da vida das pessoas”.

Apesar da lenta aquisição de vacinas, o senador demonstrou esperança que dias melhores virão com o combate à doença.

“O Brasil tem uma tradição de vacinação, a gente sabe fazer, temos o SUS, que é uma garantia de vida. Um outro país do tamanho do Brasil, sem um sistema como o SUS, já teria ultrapassado a marca de 1 milhão de mortes. Com todas as dificuldades, é esse sistema que tem salvado vidas”, reconhece o senador.

O senador passou 12 dias internado no Hospital Sírio Libanês e agora se recupera em sua residência, em Aracaju.


Por Redação
Foto: Rosalvo Nogueira

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