O corregedor do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel, determinou apuração do vazamento de documento do executivo da Construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, no qual chama o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, de “o amigo do amigo do meu pai”.
Orlando Rochadel, que é membro do Ministério Público de Sergipe, atendeu a uma solicitação do representante do Senado no CNMP, Luiz Fernando Bandeira de Mello.
Para Bandeira de Melo, o responsável pelo vazamento das informações deve ser punido exemplarmente.
“Se o vazamento for de responsabilidade de servidor ou membro do MP, é indispensável a apuração e adoção das medidas disciplinares cabíveis”, defende Bandeira de Melo.
A Corregedoria Nacional é responsável por receber e processar reclamações e denúncias relativas a integrantes do Ministério Público.
Censura
O vazamento de informações motivou o ministro do STF, Alexandre de Moraes, censurar uma reportagem da Revista Crusoé e do site O Antagonista, que revela suposta ligação do ministro Dias Toffoli com o executivo Marcelo Odebrecht, investigado e condenado na Operação Lava Jato.
A decisão do ministro causou revolta no meio jornalístico e jurídico. Entidades representativas do Jornalismo, como FENAJ, e do Direito, como OAB, criticaram a postura dos ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli.
Foto: Arquivo/Divulgação
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