O Planejamento é um recurso de extrema importância no que se refere ao sucesso e eficiência da implantação e implementação de qualquer política pública. Em se tratando do Sistema Único de Saúde (SUS), onde os recursos são finitos e as demandas infinitas, essa ferramenta de sucesso torna-se indispensável.
Mas será que é fácil planejar para se obter sucesso em política de saúde que tende mais para política de favorecimento/atendimento às vontades individuais de algumas peças públicas? O gestor responsável, que entende como o sistema funciona, tem a seu favor condições para executar um planejamento dentro da realidade epidemiológica, social, econômica, cultural e geográfica do território que está sobre sua responsabilidade?
Não existe uma receita pronta para o sucesso de uma gestão no SUS, todo êxito parte de um bom diagnóstico, considerando cada território, desde o aspecto geográfico ao econômico. Através deste diagnóstico vamos elaborando um planejamento a curto, médio e longo prazo, que seja factível, e livre de interferências pontuais.
Todo planejamento deve ser feito dentro de uma realidade local, aliado aos princípios basilares do SUS, principalmente ao da “equidade”, atender mais a quem mais precisa, já que o sistema de saúde pública brasileiro é subfinanciado.
Nessa perspectiva o bom gestor, mesmo com poucos recursos, aliado a um bom planejamento, elaborado dentro de uma realidade local, a economicidade e destinação correta dos recursos, livre de interferências políticas partidárias individuais, garante a assistência de qualidade ao usuário e leva dignidade à toda população que necessita de um sistema de saúde universal, equânime, integral e descentralizado.
Emanuelly Carvalho Hora é enfermeira especialista em saúde pública e gestão e regulação dos serviços públicos de saúde e articulista do Hora News.
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