A pandemia do novo coronavirus está nos levando a mudar nosso comportamento e, consequentemente, na nossa relação com empresas e marcas. O que antes parecia ser essencial, agora se tornou supérfluo ou até mesmo desnecessário.
Até o momento, não há perspectivas, baseadas em dados científicos, para que o mundo volte a ser como antes no curto prazo. Empresas precisam se adaptar e se reinventar, pois o número de consumidores que esperam das marcas ações de impacto social mais profundo está crescendo.
Através do webinar “Thermometer Covid-19: Impactos no Consumo e nas Marcas no Brasil” os especialistas da Kantar Brasil afirmaram que 28% dos entrevistados responderam que esperam que marcas ajudem no dia a dia dos brasileiros.
AÇÕES DE IMPACTO SOCIAL I
A revenda sergipana da Volvo, Stark, cedeu três veículos S60 para a Cruz Vermelha em Sergipe para ajudar no combate ao Coronavirus. Os carros estão sendo utilizados para o transporte de profissionais de saúde, voluntários alimentos e outras necessidades. A ação da Volvo Cars acontece em todo o Brasil.
AÇÕES DE IMPACTO SOCIAL II
O Grupo Petrox, a Indústria Radiante e a Usina Pinheiro dão exemplo de pensamento social e unem forças para produzir 60 mil unidades de álcool 70% envasado em suas próprias embalagens de 500ml e doadas para hospitais públicos das cidades mais atingidas pela convid-19 no estado de Sergipe.
AÇÕES DE IMPACTO SOCIAL II
A Blend, melhor hamburgueria da cidade na opinião deste colunista, criou o Combo do Amor. Para cada combo vendido que vem com deliciosos hamburguers, batata chips e refrigerantes num valor promocional, a Blend doa um hamburguer para profissionais de saúde e moradores de rua. Mais informações: @blendlovers no Instagram
REPENSAR A COMUNICAÇÃO
Para Valkiria Garré, CEO de Insights Division da Kantar Brasil ¨Marcas que mostram propósito claro, amplamente divulgado entre seus consumidores, crescem mais ao longo dos anos. Agora é o momento de as marcas evoluírem esse propósito com o pensamento social, e repensar a comunicação com base nesse novo normal.”
É repensar a comunicação, não suspender ou cancelar. Marcas que estão optando por desaparecer dos meios de comunicação neste momento de crise vão sofrer muito mais para se reerguer, reconquistar mercado e clientes no mundo pós-pandemia. Marcas que investem em comunicação, pensamento social e que ajudam consumidores e a população em geral sobreviverão, serão lembradas e prosperarão no mundo pós-pandemia. Investir em comunicação é a melhor vacina contra a crise.
CAI O CONSUMO DE STREAMING
Dados levantados pelo serviço sueco de streaming Spotify mostram que, com as pessoas passando mais tempo em casa devido a quarentena forçada pelo coronavirus, 1 em cada 6 pessoas cancelou suas contas no Spotify dos EUA.
Houve queda no uso do app no começo da quarentena: Queda de 11% — 226 milhões de reproduções — na terceira semana de março para o Spotify e de 10% para o francês Deezer, mas o número de usuários se manteve estável.
O Spotify, que não dá detalhes sobre o número de usuários no Brasil, tem sua maior base de usuários de pagantes na Europa (40% dos assinantes) seguido da América do Norte (30%), América Latina (20%) e outros mercados (10%). A empresa ainda tem dificuldade em crescer em mercados como a Ásia.
AUMENTA O CONSUMO DE RÁDIO
Mesmo durante a quarentena, o ouvinte de rádio continua mantendo o consumo do meio em alta. Levantamento Kantar Ibope Media sobre os impactos da Covid-19 no consumo de mídia revela que 74% dos ouvintes de rádio afirmaram que vão manter ou aumentar o consumo de rádio durante o isolamento. O tempo médio individual em abril deste ano foi de 4 horas e 2 minutos contra 3 horas e 49 minutos em abril de 2019.
MOTIVOS PARA OUVIR RÁDIO
Em tempos de distanciamento social o rádio tem diferentes funções para faixas etárias diferentes. Entre os mais jovens, (10 a 19 anos) o rádio é para ouvir música. Na Jovem Pan Aracaju, 37% da audiência estão nesta faixa etária na média entre as 6h e as 19h, de segunda a sexta. Já os jovens adultos, entre 25 e 39 anos, estão com mais tempo livre e querem se informar sobre a Covid-19 o que representa 43,5% da audiência da emissora afiliada a maior rede de rádios do Brasil.
A FORÇA DO MEIO RÁDIO
Pesquisa realizada em outubro de 2019 revelou que 676 mil pessoas escutaram rádio em 30 dias na Região Metropolitana de Aracaju. No mesmo período, a Jovem Pan Aracaju alcança 204.864 ouvintes únicos. Na região que, além da capital, inclui os municípios de São Cristóvão, Barra dos Coqueiros e N. Sra. do Socorro 85% são ouvintes de rádio. Isso demonstra a força do meio que começou em Sergipe em 1939 com a Aperipê AM que funcionava no prédio do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe.
Murilo Lima é analista comportamental, coach e especialista em gestão de empresas e empreendedorismo. Possui também formações em desenvolvimento de líderes, desenvolvimento estratégico e gestão da criatividade e inovação. Atualmente é gerente comercial da Jovem Pan Aracaju e mentor voluntário da ONG Projeto Gauss.
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