O deputado federal Laércio Oliveira, parece estar vivendo um inferno astral, visto que além da possibilidade real de não fazer o sucessor no comando da Fecomércio, ele enfrenta uma fritura explícita, patrocinada por membros influentes da base governista, que pretendem vê-lo distante da chapa oficial do governo.
A Fecomércio, entidade com invejável estrutura física e orçamentária, capaz de pavimentar politicamente o caminho de quem a preside, em razão do papel social que a mesma desenvolve perante milhares de beneficiários, caminha para uma mudança de comando nos próximos dias, pelo andar da carruagem. Os responsáveis pela escolha do novo comando da Federação em Sergipe aparentam caminhar para impedir que a entidade se transforme em mais um partido político, o que a levaria a sofrer restrições no ambiente social e empresarial, distanciando-a do seu real papel.
A manifestação pública de influentes empresários em apoio ao concorrente Breno França, é claro indicativo de que pretendem deixar a Fecomércio distante do embate eleitoral, e que irão conceder ao empresário Laércio Oliveira um tempo maior para que ele se dedique ao projeto político que possui.
Já a “chapa governista”, cuja formação passa pelo crivo de Jackson Barreto e Edvaldo Nogueira, tem dado sinais de que deseja expurgar o nome do deputado Laércio da lista de pretendentes para representá-la na disputa pela vaga do Senado Federal. Em Sergipe a base governista possui claro compromisso de montar um palanque para apoiar uma possível candidatura do ex-presidente Lula, enquanto Laércio Oliveira possui compromisso com a reeleição do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
O deputado federal Laércio Oliveira é aliado de Bolsonaro em Brasília, mas em Sergipe faz política fortalecendo o agrupamento que apoia Lula, isso fez com que ele tenha sido hostilizado no dia 1° de maio, em manifestação promovida pelos bolsonaristas. E para completar o inferno astral de Laércio, Valmir de Francisquinho lança chapa com Eduardo Amorim para o Senado.
A bíblia já nos ensinou que Deus vomita os mornos, e isso se aplica também na política.
Por Bruno Balbino
Foto: Divulgação
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