O pré-candidato ao Governo do Estado, Fabio Mitidieri, lançou um vídeo no qual inicia sua fala referindo-se aos acontecimentos dos anos passados. Assim ele diz: “Você já reparou como o mundo ficou estranho nos últimos anos? É como se a gente tivesse perdido a noção do que é realmente importante e abandonado a tolerância e o respeito ao próximo”. E segue dizendo que as redes sociais acentuam tudo isso, que famílias e amizades estão sendo desfeitas, porque segundo ele, tem gente que “pensa que fazer política é espalhar o ódio, a discórdia e a desunião”. Para o pré-candidato, “política é fazer o bem, construir pontes”.
Já vimos esta conversa da amizade, do amor, da paz, da tolerância, da união, etc. Foi justamente deste discurso do candidato bonzinho que deseja nivelar a todos pela régua da tolerância para com os erros dos políticos e governantes que cansamos. E, a esta fala mansa e piedosa, rejeitamos.
Hoje as redes sociais expressam não o ódio e o rancor, mas a verdade! A verdade que incomoda, amedronta, tira o sono dos que estão no poder e separa os homens de valor daqueles que a tudo relativizam com a doce cantiga de quem deseja parecer o promotor do amor e da união num mundo de odiosos opositores.
O eleitor já conhece esse discurso e sente os seus efeitos. Por isso mesmo tem dado um basta a essa conversa adocicada por meio das redes sociais. Não é discórdia, é a mais sensata e verdadeira indignação expressa justamente por causa do amor que o eleitor sente e nutre por sua família e pelos seus amigos.
Sim Fábio Mitidieri, o mundo ficou estranho.
Respiradores comprados em loja de maconha, e que nunca chegaram aos hospitais sergipanos. Dinheiro pago antecipadamente e que sumiu sem sequer um esclarecimento à sociedade. Silêncio do bem, não é?
Hospital do Câncer que não sai do papel, mas onde já foram gastos milhões de reais apenas na terraplanagem que o tempo se encarregou de desmanchar.
E sobre respeito? Que tal citar como exemplo o respeito do governo do estado (o grupo que está no poder e que fabricou sua candidatura) para com os servidores? Quase dez anos sem diálogo e sem reajuste.
Sobre respeito com os cidadãos sergipanos, que tal falar sobre o fechamento do comércio, quebrando empresas, destruindo o trabalho e o sustento das famílias durante a pandemia.
Que tal discursar amorosamente sobre o aumento do IPVA (estado) e do IPTU (prefeitura)? Este promovido pelo prefeito de Aracaju, que ainda e até o momento, compõe o seu grupo. Estes dois impostos majorados de forma inoportuna e superior a inflação do período. É, o senhor deve viver em outro mundo diferente de onde vivem o sergipano e o aracajuano.
Está bom até aqui, só para começar. Estes sim, foram atos de amor ao povo sergipano, não foram pré-candidato? Basta de discurso limpo e bonitinho e na prática ações contraditórias. A maioria acordou e outros tantos abrem os olhos justamente pelas redes sociais. Muito pelo contrário, não é desavença e nem desunião, é acordo e união do povo contra tudo o que os que estão no poder fazem e que ele sente na pele.
Henrique Alves da Rocha – coronel da Polícia Militar de Sergipe / Gerlis de Souza Brito – professor universitário e fundador do Conservadores Sergipe.
Este artigo não representa necessariamente a opinião do Hora News, mas dos seus autores.
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