A liderança de uma entidade de classe, principalmente com a importância que possui a Associação Comercial e Empresarial de Sergipe, exige discernimento em diversas vertentes.
Nosso papel não é tomar partido, mas tomar posição. Apoiar ações e idéias que se enquadram no que pode auxiliar o desenvolvimento econômico e social de nosso Estado e nosso país, no mesmo nível em que estamos dispostos a direcionar a crítica, independentemente de coligação partidária ou ideologia.
Nosso trabalho é maior e menos perene que conceitos como estes: somos empresários que convivem com as dificuldades de manter seus negócios diante das barreiras que enfrentamos nos últimos anos. E diante desses percalços, observamos dia após dia nossa competitividade em nível mundial diminuir por conta da burocracia. Tomamos o posicionamento de acreditar que as reformas – que sempre foram mencionadas e consideradas necessárias – sejam a melhor forma de ajustar a atual situação do país.
Ao escolher uma postura em prol de toda uma categoria, se nota que toda a iniciativa que facilite a abertura de mercado, geração de emprego e renda será louvável, e isso independe de gestores públicos e seus partidos, pois nosso partido precisa ser Sergipe, com geração e manutenção do emprego de nossa gente e a retomada do crescimento de nossa economia.
Não há meio termo. Este é um percalço que temos que buscar posicionamento e soluções. Pois passamos a compreender que o nosso papel maior é articular para que os interesses comuns sejam resguardados, junto aos poderes, ampliando nossa participação como fomentador de políticas públicas, discutindo parâmetros e procurando desatar nós e dificuldades para que a economia deixe de ser uma ferrari com o freio de mão puxado e passe a acelerar novamente.
Para isso, é importante que o diálogo, enfatizado pelo pensamento unificado de toda a bancada sergipana, sem que haja individualismo ou estrelismo, mas alinhamento de ações, integrando ações junto às demais as entidades, o apoio da imprensa e as mais diversas esferas públicas. Pois nosso papel independe de ideologias, idéias ou bandeiras pessoais, ele se enquadra em buscar o bem comum, de acordo com o que necessita a categoria empresarial que, acredite, sabe que há muito a ser feito.
Os desafios para nós, na Associação Comercial e Empresarial de Sergipe, foram muitos. 2019 foi um ano importante para compreender a importância da cooperação entre entidades, principalmente ao trazermos debates nacionais importantes, como a Reforma Tributária e a Reforma da Previdência. Ao mesmo tempo que também discutimos e buscamos soluções para problemas locais, não apenas em debates, mas também na linha de frente em debates como a alteração na Lei das Fachadas, por exemplo.
Estreitamos nossas relações com outras entidades empresariais e fortalecemos, dessa forma, nossas ações na busca de alternativas que garantam a toda a sociedade, vantagens e fomentem a movimentação de nossa economia. E muito ainda há de ser feito.
Para os próximos anos, os desafios serão muitos, mas com a certeza de que a Associação Comercial e Empresarial de Sergipe buscará manter seu papel dentro de uma sociedade democrática, fomentando a construção de um ambiente de negócios favorável, unindo experiência e inovação, respeitando as necessidades e acreditando que iniciativas, vindo de jovens empreendedores, entidades de classe, poder público em suas diversas esferas e até mesmo de movimentos sociais organizados, podem ajudar a transformar a realidade de nosso Estado e nosso país, e estou pronto para permanecer contribuindo com essa construção pois é preciso, principalmente, acreditando que a troca de aprendizado entre entidades e gerações pode transformar nossa realidade.
Temos muito a construir e, a partir de 2020, faremos muito mais.
Marco Aurélio Pinheiro é empresário no ramo de segurança privada, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe e presidente do Conselho Deliberativo do SEBRAE-SE.
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