Quem matou Marielle Franco e Anderson Gomes? Quem mandou matar? As indagações seguem sem resposta a exatos 365 dias completos nesta quinta-feira (14), quando a ex-vereadora do PSOL e seu motorista foram atingidos por nove tiros de fuzil na região central da capital carioca, fato que gerou comoção nacional e internacional.
Para rememorar e reivindicar justiça para a ex-vereadora, uma serie de coletivos, sindicatos, partidos políticos, mandatos populares e movimentos sociais se reuniram na última segunda-feira (11) para organizar a manifestação desta quinta-feira na capital sergipana. A atividade terá concentração na Câmara de Vereadores de Aracaju a partir das 15h, e contará com uma série de ações ecumênicas de lideranças religiosas de diversas matrizes, além de um ato político-cultural com artistas sergipanos.
Atrações como Anne Carol e Jaque Barroso, Banda Reação, Pérola e Femina marcam presença na ação em memória de Marielle, dentre uma série de artistas que se somam a cada momento para compor o ato em solidariedade.
O ato tem por objetivo dialogar com a população do Centro de Aracaju sobre o quadro de perseguição, violência e ausência de direitos em torno do assassinato da parlamentar.
“Estamos falando de uma mulher negra, bissexual, militante e parlamentar com apenas 15 meses de mandato quando fora assassinada. Todas as suspeitas apontam para o envolvimento com as milícias, mas nem o Ministério Público, a Polícia Federal ou qualquer autoridade se manifestam de forma concreta sobre o caso. Vamos às ruas porque o legado de Marielle não será esquecido”, afirma a militante Hortência Marques, presidenta municipal do PSOL de Aracaju.
As manifestantes também cobrarão do poder público uma série de ações para a garantia de vida das mulheres e da população negra das periferias da capital sergipana. Uma das frases mais proferidas pela ex-vereadora é o ensinamento de origem Ubuntu: “eu sou porque nós somos”. O ato terá início às 15h.
Por Henrique Maynart
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