A procuradora da República em Sergipe, Eunice Dantas, foi enfática ao afirmar que a denúncia de suposta fraude no processo seletivo denominado “Talentos do Congresso”, destinado à escolha de profissionais para atuarem no gabinete do senador Alessandro Vieira (PPS-SE) está inteiramente inapta a desencadear qualquer apuração por parte do Ministério Público Federal. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira, 22, e destacou ser desnecessário suscitar essa questão relacionada à legitimidade do processo.
Segundo a procuradora, a seleção se deu para cargos comissionados, isto é, de livre escolha, nomeação e exoneração.
“Nesses casos, a autoridade competente é dispensada da exposição de motivos no ato de nomeação e exoneração e desobrigada da realização de prévio teste seletivo para preenchimento das vagas. Em suma, a forma e o critério de designação de CCs são discricionários”, afirmou Eunice Dantas.
A procuradora informou o flagrante arquivamento da denúncia e acrescentou: “inoportuno seria pôr em pé discussão sobre as atribuições para agir, movimentando irracionalmente o aparelho estatal para que, ao fim e ao cabo, se chegue a um arquivamento que já se tem como certo”.
A procuradora federal ressaltou ainda que o senador Alessandro Vieira não tinha qualquer dever de efetuar processo seletivo, e mesmo assim o fez de forma pública, como instrumento de prestação de contas do seu mandato, por iniciativa puramente particular, dissociada das responsabilidades institucionais do Senado.
O gabinete no Senado pode nomear até 55 assessores de livre nomeação, a um custo mensal de R$ 227 mil. De acordo com o senador sergipano, seu gabinete nomeou 19 pessoas, com uma economia de cerca de R$134 mil reais por mês.
“Perde tempo quem trabalha na velha política de ataques pessoais, picuinhas e fofocas em grupo de Whatsapp ou site fajuto. Tentaram emplacar essa “pauta” em vários veículos da mídia local e nacional. Todos os jornalistas sérios buscaram informações e acabaram fazendo matérias positivas. Nosso gabinete é o mais barato e o mais enxuto entre os sergipanos. A capacitação técnica dos integrantes já é reconhecida no Senado, mesmo no curto espaço de tempo. Vamos seguir respondendo com trabalho e pedindo aos sergipanos: acompanhe, cobre e compare. É assim que se melhora a democracia”, destacou Alessandro Vieira.
SINDIJOR
O diretor jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE), Guilherme Fraga, salienta que o radialista Welder Ban, reprovado no processo seletivo realizado pelo gabinete do senador Alessandro Vieira, não poderia assumir a função de assessor de imprensa por não ter formação em Jornalismo.
“A função de assessor de imprensa é privativa dos profissionais graduados em Jornalismo. Portanto, mesmo que ele tivesse sido aprovado na seleção não poderia assumir a função pública por não ter a devida habilitação profissional”, explica o diretor.
A função será ocupada pela jornalista Renata Gonzaga, formada em Jornalismo pela Universidade de Brasília, aprovada no processo seletivo. Ela atuará na Assessoria de Imprensa do senador em Brasília.
Aprovadas na Seleção
Renata Gonzaga
Posição: Assessora de Comunicação/Imprensa
Ingresso: Processo Seletivo
Com mais de 25 de carreira em Jornalismo, Renata Gonzaga é formada em Comunicação Social – Jornalismo pela Universidade de Brasília e cursa Pós-Graduação em Gestão da Comunicação nas Organizações Públicas e Privadas, no UniCEUB. Após longo período dedicado ao telejornalismo, passando pelas principais emissoras do país (TV Globo, SBT, Band ), ingressou na comunicação organizacional, atuando como assessora de imprensa de instituições como Sebrae e Senado Federal. Na TV Globo, durante dez anos, foi repórter dos telejornais locais e da Globo News e por três anos foi repórter e editora do Globo Rural, em Brasília, acompanhando a condução da política agrícola e da pesquisa em tecnologia agropecuária. Participou de coberturas políticas importantes, no âmbito do Congresso Nacional, Governo Federal e Poder Judiciário.
Mayra Antônia Silva Vasconcelos
Posição: Atendente
Ingresso: Processo seletivo
É sergipana, mãe de Isabela, Thiago e Carolina, é formada em Letras Português/Francês pela UFS e pós graduada em Didática de Ensino Superior pela Faculdade São Luís de França. Atuou como auxiliar administrativa no Instituto Euvaldo Lodi (IEL) – Núcleo Regional de Sergipe por 14 anos, foi chefe de gabinete da diretoria administrativa do IPESAUDE por 5 anos e foi chefe de gabinete do Secretário da Secretaria Estadual de Direitos Humanos por 4 anos. Foi secretária da Coordenadoria Estadual de Direitos Humanos por 3 anos.
Com informações da Assessoria de Imprensa do senador Alessandro Vieira
Comente