O Ministério Público do Estado de Sergipe (MP-SE) denunciou os quatro bolsonaristas envolvidos no atropelamento do militante petista Charles Belchior. Eles responderão por tentativa de homicídio, após o violento atropelamento ocorrido no dia 2 de outubro, durante uma carreata no Conjunto Augusto Franco, zona sul de Aracaju.
O caso ocorreu em meio à tensão eleitoral, e o MP destacou a gravidade do ato, que configurou uma clara tentativa de homicídio. O caso gerou forte comoção, grande repercussão nacional, além de protestos por justiça por parte de militantes e defensores dos direitos humanos em Sergipe.
A investigação aponta que o ataque teve motivação política, dada a participação do grupo em manifestações a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A justiça agora deverá decidir sobre o andamento do processo e a punição dos envolvidos.
Um dos denunciados pelo Ministério Público por tentativa de homicídio contra o militante petista, é o bolsonarista Flávio da Direita Sergipana, que disputou uma vaga na Câmara Municipal de Aracaju. Ele recebeu 1.252 votos e se tornou suplente de vereador.
Segundo a denúncia feita pelo promotor Francisco José de Oliveira Góis, da 4ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Aracaju, o motorista do carro “trafegou por várias ruas entre veículos, levando sobre o capô a vítima, gerando uma situação de perigo comum aos transeuntes”.
O Crime
Charles Belchior participava de uma carreata em apoio à candidatura de Candisse Carvalho (PT) à Prefeitura de Aracaju, quando foi atropelado pelo carro em que estava Flávio da Direita Sergipana. O veículo percorreu cerca de 2 km com Charles sendo arrastado em cima do capô desde o Conjunto Augusto Franco até o Conjunto Orlando Dantas.
Como consequência, Belchior sofreu graves fraturas em uma das pernas, além de várias escoriações pelo corpo, necessitando de internação por quase 20 dias no Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), onde passou por diversos procedimentos cirúrgicos.
Por Redação
Foto: Divulgação
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