CUT e Movimentos sociais realizam ato público para pedir prisão de Bolsonaro e protestar contra anistia de golpistas

Ato Bolsonaro na Cadeia! Sem Anistia para golpistas, reuniu o movimento sindical, partidos políticos de esquerda e movimentos sociais. Todos juntos, em defesa da democracia, saíram em caminhada pelas ruas do Centro de Aracaju, nesta terça, dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.

Em Sergipe, o protesto também lutou contra a privatização da água, em defesa da Deso pública, pelo Fim da escala 6×1, pelo Fim da violência contra a mulher, em solidariedade ao SINTESE e ao professor Roberto Silva, presidente da CUT Sergipe, que sofre perseguição do governador Fábio Mitidieri pelo exercício da atividade sindical, contra o corte de gastos nas áreas sociais, no salário, no BPC, não à PEC do Estuprador e pelo fim da violência policial contra a população negra.

Secretário de Cultura da CUT-SE e secretário geral do Trabalhadores dos Correios (SINTECT-SE), Jean Marcel, ressaltou a importância histórica deste dia de luta em que a classe trabalhadora ocupou as ruas de todas as capitais brasileiras para pedir a prisão de Bolsonaro e de todos aqueles que no dia 8 de janeiro de 2023 atentaram contra a democracia invadindo a sede dos três Poderes numa tentativa de golpe para acabar com o estado democrático de direito no Brasil.

“Estamos aqui nas ruas pedindo a prisão de Bolsonaro. E para dizer que a gente não vai aceitar retrocesso trabalhista, ataque ao BPC, ataque ao salário mínimo, queremos o fim da escala 6×1 e o avanço da pauta dos trabalhadores no Brasil”, discursou Jean Marcel.

A professora Ivonete Cruz, da direção nacional da CUT e dirigente da CNTE, frisou que é preciso ocupar as ruas em defesa da democracia brasileira.

“Precisamos seguir firmes na luta em defesa da democracia. Vamos emanar boas energias em prol da recuperação da saúde do nosso presidente Lula que se encontra hospitalizado e precisa se reestabelecer para seguir firme na luta defendendo um país justo e democrático com um salário mínimo justo, direito ao emprego e à moradia. Mas Lula não vai sozinho defender este país, o povo brasileiro precisa ocupar as ruas para lutar pelo avanço da classe trabalhadora, pela prisão de Bolsonaro e sem anistia para todos os golpistas”, declarou Ivonete Cruz.

Pelo fim da violência contra as mulheres

O ato também foi a culminância dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra todas as mulheres.

“A cada minuto, 6 mulheres são estupradas no Brasil e 88% das vítimas são meninas abaixo dos 17 anos, estupradas dentro de sua própria casa. Imagine uma criança de 10 anos estuprada ser obrigada a levar adiante esta gravidez que põe em risco a sua vida inclusive. É um absurdo”, explicou a diretora da Secretaria da Mulher da CUT-SE, Adenilde Dantas tratando da luta contra a PEC 164, conhecida como a PEC do Estuprador.

Adenilde Dantas pediu para que todos conversem com suas famílias porque é preciso a população se unir e pressionar o congresso nacional para que este absurdo não seja aprovado.

“Neste momento, a Câmara dos Deputados tenta comandar o corpo da mulher. Agora querem aprovar uma lei que diz que mulheres estupradas, mulheres que têm filhos sem cérebro, mulheres que correm risco de vida não podem mais fazer o aborto. Além disso, essa PEC do estupro proíbe fertilização in vitro, pesquisas e curas com células tronco. Ignorando a violência do estupro e os direitos da mulher estuprada, para esses deputados o que vale é o direito do feto que não nasceu”, criticou Adenilde Dantas.

O presidente da CUT-SE falou sobre a luta no estado de Sergipe, o retrocesso da privatização da Deso e sobre a necessidade de devolução do confisco das aposentadas e aposentados. Roberto Silva também agradeceu o apoio de todo o movimento social e do movimento sindical que tem se manifestado em sua defesa através de notas denunciando a perseguição sindical contra a sua pessoa e contra o SINTESE.

“A solidariedade é muito importante porque é o que nos unifica nesta luta”, reconheceu.

O dia de luta em defesa da democracia foi construído pelas centrais sindicais, o movimento estudantil, coletivos, movimentos sociais e os partidos políticos de esquerda.





Por Iracema Corso/CUT
Foto: Paulo Eduardo Ribeiro

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