Motoristas da Viação Progresso entram em greve por falta de pagamento de salários

Na manhã desta quinta-feira (14) mais de 900 trabalhadores do Grupo Progresso, operadora de três empresas do transporte público coletivo de Aracaju, paralisaram as atividades devido às dificuldades para receber parte dos salários. No total, 146 ônibus estão paralisados e 43 linhas afetadas, sendo prejudicada principalmente a Zona de Expansão.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) salienta que essa é uma situação frequente. Em setembro o mesmo problema, segundo entidade patronal, ocorreu com outra empresa operadora, “contudo essa realidade de colapso é comum em todo setor do transporte público coletivo de Aracaju e da Região Metropolitana, como já havia sido alertado pelo Setransp”.

“Embora seja um serviço essencial e direito social o transporte que já vinha enfrentado dificuldades ao longo dos anos, está sofrendo diretamente os efeitos negativos econômicos da pandemia, acumulo débitos com  fornecedores, com impedimentos para pagar folha salarial, e sem nenhum aporte financeiro dos governos, nem qualquer subsidio ou isenção de tributos”, diz nota do sindicato das empresas do transporte coletivo.

Segundo o Setransp, “no ápice da pandemia a queda do número de passageiros chegou a registrar 70% e atualmente, mesmo com toda sua frota à disposição, o transporte continua com uma queda de 47% da sua demanda de passageiros habitual”.

Ainda, de acordo com o sindicato, as empresas paralisadas estão buscando alternativas para cumprir os acordos com os rodoviários e voltarem a oferecer os serviços à população.

“Neste momento, as empresas cujos trabalhadores paralisam buscam soluções internas para atender seus funcionários.  As demais quatro empresas prestadoras do transporte seguem em operação tentando atender os passageiros das regiões afetadas com a paralisação. Mas ainda não há previsão de retomada da circulação regular”, diz o Setransp.

Os empresários do setor de transporte de passageiros de ônibus alertam os gestores públicos que as empresas estão dando sinais que entrarão em colapso a qualquer momento, caso não seja adotada alguma medida de proteção por parte dos governos, a exemplo do subsídio para as gratuidades, que representa mais de 15 milhões de passageiros beneficiados.

“Essa situação tem gerado grande preocupação para o Setransp que tem acompanhado as empresas prestadoras dando sinais de entrar em colapso e encerrar suas atividades, assim como aconteceu em mais de 160 empresas do transporte pelo país, e tem buscado auxílio dos governos para esse momento, principalmente com a isenção de impostos e taxas, com o subsídio para as gratuidades, que representam um número de mais de 15 milhões de passagens gratuitas somente nos últimos cinco anos”, conclui.




Por Redação
Foto: Divulgação

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