Morreu neste sábado (3) a jornalista, escritora, artista plástica e ativista cultural Ilma Fontes. Famosa em Sergipe e em outras regiões do país, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo, Ilma Fontes, que também era médica psiquiatra, morreu em Aracaju aos 73 anos, vítima de câncer nos gânglios linfáticos.
Além do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (SINDIJOR-SE), que lamentou a morte da profissional do Jornalismo, várias entidades e autoridades manifestaram pesar pela morte da escritora.
“Sergipe perde uma jornalista e ativista que fez da sua própria história um instrumento de luta pela cultura sergipana. Mais que isso, Ilma Fontes é referência de coerência e compromisso. Nosso abraço de pesar à familiares e admiradores”, publicou o senador Rogério Carvalho (PT).
“Querida Ilma Fontes era uma jornalista apaixonada pela vida, pela arte e pela cultura. Intelectual, ousada, aguerrida, sempre esteve à frente do seu tempo. Colocou amor em tudo o que fazia e esbanjou esse amor a todos com quem conviveu. O nosso Estado se apequena diante da sua grandeza de espírito. Siga em paz, Ilma”, disse a senadora Maria do Carmo Alves (DEM)
O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, o presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe, Luciano Bispo, e o presidente da Câmara Municipal de Aracaju, Josenito Vitale, também lamentaram a morte da jornalista.
Jornalismo
Com mais de 50 anos de atuação jornalística, Ilma editorou, roteirizou, dirigiu e conquistou prêmios. Dona de variadas medalhas de honra ao mérito, foi colaboradora de dezenas de antologias nacionais, com publicação em Portugal, na Itália, na Tunísia e na Grécia. Na TV Aperipê, roteirizou e dirigiu a primeira minissérie realizada por uma TV Educativa, fora do eixo Rio-São Paulo, que foi a Última Semana de Lampião.
Editora do Jornal O Capitão, também foi curadora do Espaço Cultural da Assembleia Legislativa de Sergipe, entre os anos 2003 a 2017. Ela também fundou alguns jornais como o Pipiri, e trabalhou por oito anos na revista Aracaju Magazini, além do jornal Gazeta de Sergipe.
“Eu fazia Medicina e o Jornalismo era perfeito. Mas, a coisa do Jornalismo é muito preeminente, a gente não é dona da vontade da gente, o destino leva. Eu me preparei para a Medicina, mas o destino me jogou para o Jornalismo e eu me sinto muito honrada, pois fiz a escolha certa na hora certa porque com o temperamento e a sensibilidade que eu tenho, ver a Medicina no estado em que se encontra nesse país, eu morria. Com o Jornalismo eu posso combater isso, ter uma tribuna em defesa da comunidade, defendendo também a minha sensibilidade”, disse a carioca Ilma Fontes, em solenidade na Assembleia Legislativa, que a homenageou com o título de Cidadã Sergipana, em novembro de 2017.
Por Redação
Foto: Divulgação
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