O escrivão de Polícia Civil Antonio Moraes, ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (SINPOL), condenou nesta quinta-feira (16) posição adotada pela direção do sindicato em estimular filiados a processar jornalistas que criticassem decisão defendida pela diretoria sindical, mas reprovada pela categoria, em vender terrenos pertencentes ao sindicato.
“Notícias sobre a fatídica assembleia sindical havida na noite da terça-feira, no auditório da ACADEPOL, em que, sem qualquer justificativa, a direção sindical pretendia autorização – o que não conseguiu – da categoria para vender terrenos de propriedade do sindicato”, explica Moraes.
Segundo o ex-presidente da entidade sindical, as possíveis críticas da imprensa seriam vistas pela direção do SINPOL como um ataque a honra da categoria.
“O diretor jurídico da entidade sindical, escrivão Ênio Nascimento, por cerca de 30 minutos, tentou estimular os policiais civis filiados a ajuizarem ações, em todos os municípios de Sergipe, contra qualquer profissional de imprensa que falasse algo que de alguma forma atingisse tal honra da categoria”, salienta, acrescentando que o primeiro alvo da perseguição aos profissionais do Jornalismo seria o chargista Edidelson Silva, do Jornal do Dia.
“O sindicalista sugeriu que o primeiro alvo dessa perseguição fosse o respeitado chargista do Jornal do Dia, Edidelson. Ênio disse que seria o primeiro a ajuizar a ação. Os policiais civis presentes deram um sonoro não às intenções arbitrárias da diretoria. A diretoria passou vergonha. Deprimente”, diz Antonio Moraes, reconhecendo a importância do Jornalismo Ilustrativo.
“Edidelson sempre faz charges, por vezes ácidas, mas sempre jornalísticas, sobre diversos fatos que são notícia em nosso Estado. É uma referência nacional”, observa Moraes, que classifica de incompetente e pelega a atual diretoria do SINPOL. Ele diz, ainda, que o sindicato hoje segue as ordens de padrinhos políticos.
“A atual diretoria, pelega, incompetente e submissa às ordens dos chefinhos e dos padrinhos políticos, é covarde na hora de lutar pela correção da tabela de subsídios da categoria, e, pelas defesas individuais das prerrogativas dos policiais civis junto à instituição. Quer agora se mostrar viril contra a liberdade de imprensa e de manifestação do pensamento”.
“Há algum tempo que o SINPOL Sergipe perdeu protagonismo nas lutas de classe em nosso estado e em nível nacional. Agora, quer se jogar por terra, nossa tradição democrática de respeito às opiniões e aos pensamentos diversos. Mente vazia, morada do diabo. Vá de retro satanás!”, conclui o policial.
Foto: Arquivo Pessoal
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