Moçambicano adotado por casal sergipano é inocentado de acusação de estupro. E agora?

O jovem moçambicano Daniel Manuleke, que foi condenado em primeira instância em agosto de 2017 por estupro, foi absolvido pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, por 2 a 1. Daniel é portador do vírus HIV e filho adotivo de um casal de médicos sergipanos.

Ele tinha sido condenado inicialmente por uma acusação, segundo o Tribunal de Justiça, não provada, de estuprar uma menina de 12 anos durante um retiro religioso de Carnaval, em 2013, numa chácara, localizada em Salgado. Apesar da condenação em primeira instância, o jovem moçambicano respondia o processo em liberdade.

O Ministério Público do Estado ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas o advogado Aurélio Belém, que defende o jovem das acusações, salienta que “o STJ não admite reanálise de prova”. Neste julgamento, a defesa alegou que “não havia provas periciais para a prática da relação sexual”, o que foi acatado pela maioria dos desembargadores.

Questionamentos

Agora algumas perguntas são necessárias: quem o acusou será punido? Quem vai rever a imagem deste jovem que foi destruída a partir de uma denúncia não provada, segundo o Tribunal de Justiça? Será que a acusação era porque o rapaz é negro, é de um país africano e portador do vírus HIV? Eis as questões.




Foto: Rede Social/Reprodução

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