Uma pequena parte da população brasileira parece não levar a sério a pandemia mundial, que só no Brasil já matou mais de 408 mil pessoas. O conselho das autoridades sanitárias é que devemos usar máscara, higienizar as mãos com álcool em gel e evitar aglomerações.
Porém, um grupo de defensores do presidente Bolsonaro foi às ruas neste 1º de maio, Dia do Trabalhador, não para exigir do governo uma política séria de combate ao desemprego, que soma neste momento mais de 14 milhões de pessoas desocupadas no país, mas para enaltecer o governo federal, criticar governadores, pedir impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e defender o retorno da ditadura militar.
Os 5 mil manifestantes, aproximadamente, que ocuparam a Avenida Paulista, segundo a imprensa de São Paulo, se aglomeraram e colocaram muita gente em risco, pois era possível ver nas imagens dezenas de pessoas ignorando o uso da máscara.
É inaceitável que num momento difícil como este que estamos vivendo pessoas ignorem as recomendações dos cientistas e promovam eventos dessa natureza, inclusive com a participação de políticos, colaborando com a propagação do vírus, o que deve culminar em mais contaminações e mortes.
Com todo o respeito aos que lá compareceram com as melhores intenções possíveis, mas não se pode chamar um ato desse de democrático, mas um ato desumano e de uma insensatez absurda. Afinal de contas, estavam naquele momento se aglomerando e colocando toda uma população em risco.
Não somos contra manifestações, elas têm o respaldo da Constituição Federal, ainda bem, mas este não é o momento para se fazer manifestação, nem mesmo para criticar o governo. Este é o momento de nos recolhermos e preservar vidas.
Foto: Bruno Escolástico/Photo Press/Estadão Conteúdo
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