A maioria dos funcionários públicos federais deverá voltar ao trabalho a partir da próxima segunda-feira (3), mas a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal ainda não aceitaram a proposta do governo e deverão permanecer de braços cruzados.
A Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) informou nesta terça-feira (28) que a categoria fará assembleia geral na próxima quinta-feira (30) para decidir se aceita a proposta do governo.
Por enquanto, apenas 30% do efetivo da PF continuam trabalhando e alguns serviços, como a emissão de passaportes e as grandes investigações, estão comprometidos.
A FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais) também informou que a categoria não deve voltar a trabalhar na segunda-feira. A federação disse que ainda vai se reunir com sindicatos regionais, e isso só deve acontecer na sexta-feira (31).
Os policiais rodoviários federais não pararam, mas só atendem a acidentes de trânsito com vítimas e eventuais flagrantes. O efetivo está reduzido a 30%, assim como no caso dos policiais federais.
Nesta terça-feira, os servidores públicos federais ligados à Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) resolveram acatar a proposta de reajuste de 15,8% do governo e, assim, vão encerrar a greve que já durava cerca de dois meses.
O secretário-geral da confederação, Josemilton da Costa, afirma, no entanto, que ainda é necessário fechar o acordo com o governo – o que deve manter os trabalhadores de braços cruzados durante esta semana.
“Estamos aguardando o Ministério do Planejamento, e a greve acaba só na segunda-feira. Em valores nominais, são R$ 1.000 a mais para quem tem nível superior, R$ 930 para quem tem nível técnico e R$ 630 para quem é de nível auxiliar. Isso entra como gratificação de desempenho”, disse.
Devem retornar ao trabalho 250 mil servidores, principalmente de carreiras administrativas, segundo informação da assessoria de imprensa da entidade.
Entre as categorias que decidiram voltar ao trabalho estão servidores dos ministérios da Saúde, Cultura, Fazenda e do Planejamento, além de autarquias e fundações públicas, como a Funai (Fundação Nacional do Índio).
Também devem voltar ao trabalho os funcionários dos Ministérios da Agricultura, Planejamento, Justiça, Transportes, além do Arquivo Nacional, Imprensa Nacional, Museu do Índio, Embratur e Integração Nacional.
Fonte: R7
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