Maioria dos brasileiros quer Eduardo Bolsonaro longe de Embaixadas

A decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em indicar o filho Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal, para ocupar o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos não tem o apoio da maioria dos brasileiros.

Pesquisa feita pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que 64,9% dos 2.118 entrevistados em 26 Estados e no Distrito Federal reprovam a indicação paternalista de Bolsonaro. Segundo o levantamento, somente 28,7% concordam com a indicação e 6,5% discordam ou não souberam responder. 

A maior parte dos entrevistados que rejeitam a indicação tem 60 anos ou mais, o que representa 66,5%. Já as pessoas com idade 45 a 59 anos, que também não concordam com a indicação do filho do presidente somam 63,9%.

A maior rejeição está na Região Nordeste, com 66,8%, seguida Região Norte, com 62,5% de rejeição, mesmo percentual para a Região Centro Oeste.

A pesquisa ouviu moradores de 160 municípios brasileiros entre os dias 13 e 17 de julho deste ano. A idade dos entrevistados varia entre 16 anos ou mais. O grau de confiança da pesquisa do Instituto Paraná é de 95%.

Formação

Eduardo Bolsonaro não tem formação na área diplomática, mas em Direito. Os ex-presidentes sempre indicaram Diplomatas para comandar as embaixadas brasileiras. Para ser Diplomata é preciso ter nível superior e participar de um concurso especifico muito difícil e bastante concorrido. Após aprovação no concurso, o aprovado ainda faz um curso de formação, com duração média de dois anos, além de ser obrigado a falar fluentemente inglês, espanhol e francês, pelo menos.

Eduardo Bolsonaro ao lado de Artur do canal do Youtube “Mamãefalei”, armados com uma escopeta e uma pistola semiautomática importada segurando um cartaz com os dizeres “Eu pacificamente vou te matar”. Foto postada na rede social do filho do presidente.

Eduardo Bolsonaro além de não ter formação na área, não é concursado em Diplomacia e mal fala uma língua estrangeira, o inglês. Por seu temperamento agressivo, muitos especialistas avaliam que o filho do presidente não tem nenhuma caracteristica ou habilidade para ser embaixador.

Nepotismo

Para o experiente ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, a indicação do filho do presidente da República para o cargo de embaixador pode configurar crime de nepotismo.

Essa é a primeira vez na história do Brasil que um presidente da República indica o filho para ser embaixador.





Fotos: Rede Social/Google

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