O jornalista João Áquila, que trabalhou durante anos na TV Sergipe, afiliada da Rede Globo, foi o entrevistado dessa segunda-feira (8) no Programa Boa Noite Brasil, no Hora News TV, canal do jornal digital Hora News no YouTube. O tema dessa vez tratou sobre as mudanças em sua vida, do Brasil para Portugal, de jornalista a pastor, e como o país europeu está hoje no quesito coronavírus.
Primeiro, ele se formou em Teologia, no ano 2000, em seguida, em Jornalismo. Como jornalista, sua intenção sempre foi ajudar no trabalho das igrejas no Brasil. Porém, foi como teólogo que desembarcou em Portugal, quando surgiu a necessidade, ou a oferta, de um professor desse curso no país.
Áquila revela que ainda tentou vivenciar o Jornalismo na cidade portuguesa de Caldas da Rainha, mas finalmente acabou assumindo de vez a atividade pastoral, pois já havia criado um forte vínculo com a igreja local. Sob essa perspectiva, ele se tornou pastor da Igreja Assembleia de Deus, assim como seu pai.
“A cidade onde moro chama-se Caldas da Rainha, localizando no Oeste português, e fica aproximadamente 1h da capital, Lisboa. Perto das turísticas cidades de Nazaré e Óbidos”, explica.
Sobre os obstáculos para um jornalista, no Brasil ou em Portugal, ele afirma que são grandes e desafiadores.
“Dilemas em comum, como os adventos da modernidade, vão do acúmulo de tarefas – como produtor, editor e repórter, por exemplo – até o combate às fake news, que se proliferam cada vez mais com maior velocidade. Porém, a linha editorial é mostrada de forma mais clara. No Brasil, nossa comunidade é mais pautada pelo lado da política e polícia. É o que se destaca mais. A cultura portuguesa não gosta desse tipo de conteúdo. Aqui, o que tem mais audiência é educação e saúde. Também existe uma grande diversidade de mídias, não são apenas duas emissoras, por exemplo, são várias, e mais grupos grandes querem ganhar seu espaço”, diz o jornalista.
Sobre a pandemia, segundo Áquila, o governo português agiu logo nos primeiros meses, fechando as fronteiras e “rapidamente, por volta de 15 de março, eles começaram a fechar lojas e o que não fosse serviços essências. Agora, as igrejas estão abertas, com restrições, e a vacinação continua”, salienta.
O jornalista admite ter saudades do Brasil, principalmente dos familiares e amigos que aqui deixou, mas não pensa em voltar a terra natal.
“Por enquanto não pretendo retornar ao Brasil. Voltar mesmo só se for a passeio”, conclui ele, em entrevista concedida aos jornalistas Paulo Sousa, Rosalvo Nogueira e Bruno Balbino.
Por Redação
Fotos: Hora News TV
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