João Fontes acusa Alessandro de defender o corporativismo dos delegados e dispara: reformar para arrombar com os outros e seu bolsão cheio? Vai pro inferno

O ex-deputado federal João Fontes, que foi expulso do PT em 2003 por ter sido contra a reforma da Previdência defendida, á época, pelo governo Lula, voltou a ativa para apontar os erros da atual reforma e os equívocos dos defensores da Proposta de Emenda Constitucional enviada ao Congresso Nacional pelo presidente Jair Bolsonaro.

Na avaliação técnica feita pelo advogado João Fontes, vários pontos da reforma são absurdos e ferem o direito da calsse trabalhadora. Ele observa que a reforma proposta pelo governo não ataca os grandes salários.

“Em 2003 eu fui contra a reforma da Previdência por que atacava os princípios constitucionais. Eu fui contra quando deputado federal e seria hoje e sempre. Alguns pontos da reforma da Previdência agora, no meu entendimento, são absurdos por que ferem o direito de vários trabalhadores. E essa reforma não ataca os grandes salários dos privilégios que têm principalmente no serviço público”, critica João Fontes, salientando que o senador Alessandro Vieira (Cidadania), que defende a proposta do governo com algumas alterações, não ataca os grandes salários e está no Congresso para defender o corporativismo da categoria que ele faz parte: delegado de polícia.

“Não. Não ataca não. Aliás, pronto vou botar aqui agora. Alessandro precisa dizer que é verdade, o salário de delegado não muda, o salário de promotor não muda, o salário de juiz não muda, e mexe com os pequenininhos lá da roça, do campo. O senador está equivocado por que não mexe nos grandes salários que ele está defendendo isso lá. Ele lá também está defendendo o corporativismo da classe que ele representa, isso é fato. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E eu votei no senador Alessandro, mas tenho que dizer a verdade”, dispara João.

O ex-parlamentar observa que uma das teses defendidas pelo senador, a que trata do teto máximo do servidor público, já está na Constituição desde 2005.

“Por exemplo, ele defende uma tese que o teto do salário do servidor público deve ser o do ministro do Supremo Tribunal Federal, isso já é constitucional. Em 2005 quando a gente aprovou o teto do servidor público já está lá: ninguém pode ganhar a mais que o ministro do Supremo. Se alguém ganha errado tem que pegar e acabar com isso”, esclarece.

Na entrevista concedida aos jornalistas Paulo Sousa e Rosalvo Nogueira, João Fontes também não poupou críticas aos supersalários de Bolsonaro e Belivaldo Chagas.

“O grande problema é que Bolsonaro não quer abrir mão das aposentadorias dele, como Temer não resolveu. Belivaldo se aposentou como deputado e como defensor público contando o tempo. Então essas coisas a gente precisa dizer. Você querer fazer reforma para arrombar com os outros e está com o seu bolsão cheio? Vai pro inferno”, desabafou o ex-deputado.






Foto: Rádio Jovem Pan

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