O Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) divulgou nesta segunda-feira, 17, o balanço de atendimentos na urgência e emergência realizados na unidade durante o primeiro semestre de 2023. No total, foram contabilizadas 36.779 ocorrências nas mais diversas áreas, que vão de baixa a alta complexidade.
Os dados constam no relatório de desempenho semestral da unidade. Em comparação ao último semestre de 2022, quando foram registrados 34.785 atendimentos, houve um acréscimo na demanda do hospital em torno de 5,7%. Os números não levam em conta os atendimentos ambulatoriais. Apenas casos de pacientes que chegam na urgência e emergência da unidade.
Por município
Aracaju é a cidade que mais encaminha pacientes individualmente ao Huse. O relatório revela que, nos seis primeiros meses de 2023, deram entrada no hospital 16.430 pacientes da capital, o equivalente a 44,6% do total de 36.779. Os demais municípios do interior de Sergipe e cidades de outros estados, principalmente Bahia e Alagoas, responderam juntos pelos outros 55,4%.
Depois de Aracaju, os municípios de Nossa Senhora do Socorro (5.055) e São Cristóvão (2.776) foram os que mais encaminharam pacientes ao HUSE, representando, respectivamente, 13,7% e 7,5% do total de pacientes nos seis primeiros meses.
Os dados apontam que foram registrados 192 pacientes oriundos da Bahia e 20 com procedência de Alagoas, estados que fazem divisa com Sergipe.
Por hospitais
O Hospital Nestor Piva, localizado na capital sergipana, é a unidade que lidera os números de transferência hospitalar. Durante os seis primeiros meses, o nosocômio municipal encaminhou 320 pacientes ao Huse, seguido do Hospital da Criança (289) e Hospital Zona Sul Fernando Franco (277).
Por sexo
As pessoas do sexo masculino lideram a lista de atendimentos na urgência e emergência do Huse. O relatório aponta que o total de entrada desse público foi de 20.377, o que equivale a 55,2% do total de atendimentos registrados no período. Com relação ao sexo feminino, o Hospital registrou 15.753 entradas, equivalente a 42,8% dos dados gerais. O relatório também aponta que 649 pessoas não tiveram o sexo informado por algum motivo.
Acidentes motociclísticos
O Huse continua registrando altos índices de acidentes envolvendo motociclistas. Dos 2.661 acidentes de trânsito, 1.948 foram sinistros envolvendo motocicletas, ou seja, 73,25% de todos os acidentes de trânsito para o período, e 5,2% de todo atendimento do hospital neste primeiro semestre.
Segundo o superintendente da unidade, Waltenis Júnior, as vítimas de acidentes de motos acabam gerando um custo maior ao hospital, pois são pacientes que precisam de uma avaliação da Ortopedia, Cirurgia Geral, Neurocirurgia e outras especialidades. Ele também apresentou dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para justificar sua informação.
“O acidente motociclístico é a nossa maior causa de atendimento. Para se ter uma ideia, a gente recebe diariamente em média dez pacientes vítimas de acidentes com motocicletas. A população precisa entender que o acidente de trânsito causa um custo alto para a sociedade, além de um custo muito alto ao hospital e um custo alto também para a economia do país, porque são pacientes que geralmente vão ficar afastados de suas atividades laborais. Segundo o Ipea, o Brasil gasta anualmente 50 bilhões com pacientes vítimas de acidente de trânsito, sendo 40 bilhões em rodovias e 10 bilhões em áreas urbanas. O gasto público é em média R$11 mil por paciente”, explicou.
Fonte: ASN
Foto: Divulgação
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