Gestantes de Sergipe sofrem com a falta de leitos nas maternidades do Estado. O improviso de macas nos corredores tenta amenizar o problema, mas não resolve e só prolonga o sofrimento dessas mães. O Jornal Nacional exibido nesta terça-feira (17) mostrou o contraste da superlotação e da nova maternidade inaugurada em novembro de 2011 que nunca funcionou.
Uma gestante no oitavo mês de gravidez com a bolsa rompida há dois dias teve que voltar para casa, pois não tinha leito disponível. “Mandaram voltar pra casa porque disse que tá cheio para eu não ficar numa cadeira esperando até amanhã pra fazer a cesariana”, conta. Ela só teve o bebê dois dias depois, quando finalmente conseguiu um leito.
Uma maternidade de Aracaju que deveria atender apenas casos de gestação de alto risco está recebendo outros casos por conta da deficiência em outras unidades hospitalares. Esses casos de baixo e médio risco representam 60% dos atendimentos.
O médicos reclamam da dificuldade de trabalhar em um local onde existe a superlotação e a falta de material básicos para a realização dos procedimentos. “Está faltando material pra cortar, para pliçar o cordão umbilical da criança. Falta ‘clamper’ que é um plástico pra romper a bolsa da gestante”, afirma o médico Alberto Moura.
Desperdício
Enquanto as grávidas esperam por um leito, a reforma na maternidade do município de Nossa Senhora do Socorro, região metropolitana da capital sergipana, se estende há três anos. No local, 250 grávidas poderiam ser atendidas por mês.
Outra maternidade localizada na Zona Oeste de Aracaju foi inaugurada em novembro de 2011, mas nunca funcionou porque a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não apresentou um plano de ação para usar a verba do Ministério da Saúde. Esta unidade hospitalar tem leitos novos com capacidade de receber 30 partos por dia. “Até o momento não temos ideia de quando vamos colocar pra funcionar”, afirma Douglas Rosendo, administrados do hospital.
Promessa
De acordo com a SES, até julho os problemas devem ser resolvidos com a implantação de uma rede de apoio à gestante. “Isso vai ajudar muito, vai significar recurso novo e vai significar processo de trabalho na assistência como na regulação da gestante”, garante Antônio Carlos Guimarães, secretário de Estado da Saúde.
Fonte: G1/SE
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