Governo de Sergipe fornece marmita estragada para alunos que participavam da revisão do Enem

A distribuição de comida estragada durante revisão para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), organizado na última sexta-feira (11) pela Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) repercutiu neste sábado (12).

O almoço foi fornecido pela empresa NK Marmitas, contratada pela Seduc para oferecer marmitas aos mais de 5 mil estudantes da rede pública que participaram do evento. Contudo, segundo relatos, as “quentinhas” destinadas à alimentação não estavam em condições de consumo. 

A informação foi confirmada pela diretora do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional da Seduc, Elaine Passos, em entrevista ao SETV 1, da TV Sergipe.

“Começamos a distribuição da refeição para os estudantes e, no final da distribuição, percebemos um cheiro diferente em algumas marmitas que estavam lá para serem distribuídas”, disse durante a entrevista. Em nota, a Secretaria garantiu “que nenhum estudante consumiu a quentinha”. 

Porém, estudantes apresentaram outra versão. “Só no final da distribuição das marmitas e, no momento em que todos já sabiam da comida estragada, foi que uma responsável foi no palco informar sobre a distribuição de lanches para substituir o almoço”, escreveu uma estudante na publicação feita pelo Portal Fan F1 no Instagram.

“Alunos comeram, sim. Alunos passaram mal e, inclusive, não tinha equipe médica no local para oferecer os primeiros atendimentos, os gestores ficaram de igual a uns loucos com os adolescentes no colo. Ficaram alunos internados no hospital. Tem alguns colegas que, até o momento, estão com diarreia e muita cólica”, acrescentou outra aluna.

O estudante José Douglas da Silva, aluno do Colégio Estadual 24 de Outubro, e que vai concorrer a uma vaga no curso de Fisioterapia, também confirmou o fato.

“De cima da arquibancada, já sentíamos o odor. Ainda assim, eles serviram. Muitas pessoas passaram mal por conta dessa comida. Eu comi um pouco do frango e passei mal. Tem pessoas que passaram mal só pelo cheiro. Eu mesmo estou à base de remédio e muita gente vai ficar sem fazer a prova por causa desse problema, porque é sério”, afirmou.

Ele revelou, ainda, que a alternativa apresentada pela Seduc não supriu a demanda e o lanche, de acordo com ele, representava riscos à saúde.

“A fila era enorme. A batatinha frita não dava para alimentar ninguém e, ainda assim, estava murcha, cheia de óleo e mal frita. Tudo para contribuir para ter uma diarreia”, completou.

Senador Rogério cobrou responsabilização

Em suas redes sociais, o senador Rogério Carvalho (PT) comentou a repercussão do caso e cobrou uma solução e disse que a situação era “inadmissível” e que “não podemos fechar os olhos!”.

“É inacreditável que, mais uma vez, os alunos da rede estadual comam comida estragada. Merenda de qualidade é uma obrigação do Governo, mas, em Sergipe, tem representado insegurança e descaso!”, afirmou.

“Recentemente, cerca de 70 alunos passaram mal por conta de merenda estragada em uma escola estadual em Aracaju. Ontem, essa situação desastrosa na revisão do Enem. Num momento tão delicado para a vida dos estudantes, há relatos de alunos à base de medicamentos devido ao mal-estar”, concluiu.



Fotos: Reprodução/TV Sergipe

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