“Foi lamentável por que deixou a categoria frustrada”. Com essa frase o deputado Augusto Bezerra (DEM) resumiu a reunião do governador Marcelo Déda (PT) com a comissão de deputados para discutir a lei do piso do magistério.
De acordo com Augusto Bezerra, um breve levantamento de gordos cargos comissionados na Secretaria da Educação foi apresentado ao governador Marcelo Déda (PT) pela deputada Ana Lúcia (PT), a fim de tentar chamar a atenção do governador. O deputado democrata destacou a participação da deputada petista. “É lamentável por que deixou toda categoria frustrada. Eu quero ressaltar o papel da deputada Ana Lúcia que acompanhou a gente. Ela levantou os cargos gordos na Secretaria de Educação, o governador mandou o secretário verificar, mas não tomou nenhuma decisão para atender os anseios professores”, disse.
Na opinião de Augusto Bezerra, o piso nacional dos professores está com os dias contados. “O que nos deixa mais preocupado, é que esse piso do magistério está prestes a se desmoronar. Todo o ganho que o Sintese teve a nível nacional é destruído com esse projeto. Acho que os gestores deveriam ir a Brasília procurar uma solução”, sugeriu.
Votação na Assembléia
Questionado se teria observado nos deputados algum arrependimento por terem votado, no ano passado, no projeto de lei do governo que dividiu a categoria, o deputado revelou que os parlamentares são induzidos ao erro. “Os deputados que apoiavam o governo votaram no projeto, mas eles não viram que depois daquela votação viria uma lei que acabaria com as carreiras do magistério. Infelizmente nós somos induzidos a votar com o governo achando que aquele projeto não vai prejudicar os servidores”, esclareceu.
Sintese
O sindicato dos professores recebeu a notícia com preocupação. Segundo Roberto Silva, diretor da entidade, uma audiência será realizada na próxima quinta-feira, para avaliar a luta da categoria. O sindicalista não descartou a deflagração de uma nova greve da categoria. “Vamos amanhã para a Assembléia Legislativa conversar com os deputados pra ver a impressão que eles tiveram da audiência. Vamos realizar uma assembléia na quinta-feira, às 15h, no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e vamos levar essas informações e ver os encaminhamentos de luta que serão tomados. Nessa assembléia tudo é possível, inclusive a deliberação de uma greve. O sindicato vai acatar o que a categoria decidir”, alertou.
Da Redação com informações do Jornal da Tarde
Foto: Marcos Rodrigues/ASN
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