O desembargador Adriano Roberto Linhares Camargo pode sofrer processo de impeachment por ter defendido a extinção da Polícia Militar. Em um julgamento, o magistrado criticou a polícia com a justificativa de que em confrontos morrem civis, sendo que nenhum policial é ferido, segundo ele.
“Uma reflexão pessoal: para mim, tem que acabar a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuar na investigação e repressão ao crime […]. Vemos nos jornais a grande quantidade de confrontos com a PM em que nenhum policial leva um tiro e morrem quatro, cinco, seis civis”, disse o desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás.
O governador Ronaldo Caiado, comandante máximo da Polícia Militar em Goiás, criticou a declaração do desembargador e prometeu adotar as medidas cabíveis de punição. O governador afirmou ainda que o magistrado não tem a mínima qualificação para ser desembargador.
“Quando pede a extinção da nossa Polícia Militar está atentando contra o Estado Democrático de Direito. Eu sempre respeitei o Tribunal de Justiça e sei que não tem nenhuma conivência com sua fala, que deve ser avaliada pelo Conselho de Ética que deve lhe impor o impeachment. Mandei o procurador-geral do Estado de GO encaminhar pedido de investigação ao corregedor para que as penas sejam aplicadas”, disse o governador, que pediu respeito aos policiais militares.
“Respeite a PM do estado de Goiás, que está sob meu comando. Entendeu bem? Quem responde por ela sou eu. Já mandei o procurador geral do Estado de Goiás, Rafael Arruda, encaminhar um documento consistente para encaminhar ao corregedor e aplicar as penas ao cidadão que não tem qualificação mínima para ser desembargador no Estado de Goiás”, concluiu.
Por Redação
Foto: Alan Santos/PR
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