Gestante passa bem após parto de feto sem cérebro, em SE

Passa bem a gestante grávida de sete meses de um bebê anencéfalo (ausência de cérebro) que mediante autorização judicial, teve interrupção da sua gravidez, na manhã desta quarta-feira (11), na maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju.

Com uma filha de cinco anos a gestante estava na sua segunda gestação e após estar com a autorização em mãos, a primeira tentativa foi frustrada. “Não foi fácil ver minha sobrinha sofrer com essa gestação. Mesmo com autorização em mãos só conseguimos fazer o parto em uma segunda tentativa, pois a primeira a maternidade estava sem vagas”, revela a tia, Elenice Santos.

A tia conta que após a orientação médica procurou a justiça. “Na primeira ultrassonografia o médico constatou que a criança estava sem cérebro. Então ele nos orientou a buscar uma autorização judicial. A partir daí fomos até o Fórum de Nossa Senhora do Socorro os com documentos pessoais, exames e relatório médico”.

A especialista em medicina fetal, a médica fetóloga, Carolina Maia, explicou alguns riscos nesses tipos casos. “Nesses casos há um grande acumulo de líquido amniótico que afeta na distensão do útero da gestante. Outro detalhe é que esses partos são prolongados”. Ainda de acordo com a médica a interrupção nesses casos é válida. “A interrupção é inviável em todo o caso, pois o bebê morre após o parto”.

Segundo informações do defensor público, Sérgio Barreto, explica como buscar autorização para a realização da interrupção. “Basta dirigir-se a Defensoria Pública, localizada na Avenida Barão de Maruim, em Aracaju, munido de documentação e relatórios médicos”.

A gestante, Neide da Silva Souza, de 31 anos, também grávida de um bebê sem cérebro, continua na espera para interrupção do seu parto, na Ala Rosa, da mesma maternidade.

Ao falar com nossa equipe nesta quinta-feira (12), Neide contou que passa bem e que sua família está buscando obter autorização judicial para interromper o parto. “As vezes sinto algumas dores, mas estou bem. Continuo internada a espera da autorização que minha família está providenciando”.

Fonte: G1/SE

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