Funcionário do Burger King do Shopping Jardins urina nas calças após ser proibido de ir ao banheiro

Um caso absurdo de desrespeito à dignidade humana aconteceu em uma franquia do Burger King do Shopping Jardins, em Aracaju. O funcionário José Vinícius teve que urinar na roupa porque foi proibido de deixar o posto de trabalho para ir ao banheiro fazer suas necessidades fisiológicas.

O funcionário gravou um vídeo em que mostra ele urinando no chão para não ser advertido ou suspenso do emprego, caso fosse ao banheiro.

“Quero relatar aqui o inevitável. Acabei de mijar aqui mesmo no quiosque porque não posso sair daqui. Se sair, levo advertência, na segunda vez, levo suspensão, e na terceira, levo justa causa”, protesta o funcionário na rede social, observando que chegou a receber uma advertência por ter saído do trabalho no horário.

“Ontem mesmo, levei advertência por ter saído do quiosque, por ter ido embora na minha hora. Quero deixar relatado aqui porque isso é uma injustiça e não pode acontecer”, desabafa o caixa do estabelecimento comercial.

Após a repercussão negativa chegar à imprensa sergipana e brasileira, o Burger King emitiu uma nota lamentando o fato. A empresa diz que não aceita nenhum tipo de desrespeito aos funcionários e que tudo será devidamente apurado.

“Reforçamos que não toleramos qualquer tipo de falta de respeito. Temos na nossa cultura a prática do respeito com as pessoas em qualquer ambiente e não deixaremos de tomar todas as medidas cabíveis”, esclarece a empresa.

Legislação

Por falta de uma lei trabalhista ou norma de Convenção Coletiva de Trabalho que trate especificamente sobre casos desta natureza, a Justiça brasileira tem usado o artigo 5º da Constituição Federal para punir empresas que não respeitam a dignidade humana.

“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” diz o texto constitucional.

As normas estabelecidas pelo Burger King já estão sendo investigadas pelo Ministério Público do Trabalho em Sergipe. O procedimento investigatório tramita em sigilo e não tem prazo determinado para sua conclusão.



Por Redação
Foto: Instagram/Divulgação

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