Reportagem da Revista IstoÉ revela que o Supremo Tribunal Federal (STF) interveio politicamente para arquivar a CPI dos Tribunais Superiores, conhecida por CPI Lava Toga, apresentada no Senado pelo senador Alessandro Vieira (PPS-SE). A proposta, porém, foi arquivada pelo presidente do Senador, Davi Alcolumbre (DEM-AP), após três senadores retirarem os nomes da lista.
A IsteoÉ diz que o senador Alessandro Vieira teria recebido a visita em seu gabinete de uma assessora legislativa do STF. Ele teria ido solicitar ao senador a cópia da lista com os nomes dos senadores e senadoras que assinaram a lista para criação da CPI. Coincidência ou não, um dia depois da entrega da lista à servidora do STF, os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Kátia Abreu (DEM-TO) e Eduardo Gomes (MDB-TO) retiraram as assinaturas.
Para o senador, segundo a revista, ficou claro que, de posse da lista, o STF começou a trabalhar para esvaziá-la.
“Foi um movimento espantoso”, surpreende-se Alessandro Vieira, delegado de polícia em sua primeira experiência como parlamentar.
Veja o que diz a revista:
No final da tarde de sexta-feira 9, dez minutos depois de ter protocolado o pedido de CPI para investigar as ações dos tribunais superiores do Poder Judiciário, conhecida como CPI Lava Toga, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) surpreendeu-se com a visita em seu gabinete de uma funcionária da assessoria legislativa do Supremo Tribunal Federal (STF). A servidora foi rápida e apenas lhe pediu a relação dos nomes dos 27 senadores que assinaram o requerimento em apoio à CPI. O senador, certo de que aquela era uma informação pública, entregou a lista.
Na segunda-feira 11, três dos senadores – Tasso Jereissati (PSDB-CE), Kátia Abreu (DEM-TO) e Eduardo Gomes (MDB-TO) – retiraram as assinaturas. Sem o apoio mínimo necessário, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), arquivou o pedido.
Para o senador, ficou claro que, de posse da lista, o STF começou a trabalhar para esvaziá-la.
“Foi um movimento espantoso”, surpreende-se Alessandro Vieira, delegado de polícia em sua primeira experiência como parlamentar.
Alessandro Vieira foi, assim, apresentado, a uma prática que, infelizmente, vem se tornando comum e que provoca junto à opinião pública o imenso desgaste da Suprema Corte. Cada vez mais, o STF age politicamente. Interfere nas decisões dos demais Poderes. Surpreende com decisões que parecem ter viés partidário e não jurídico. Divide-se quase às vias de fato na defesa dos interesses dos seus aliados. A Casa que deveria proteger a Constituição e as Leis, dirimindo as dúvidas da sociedade, gera ainda maior insegurança jurídica. Acaba por provocar suspeitas sobre a sua atuação. E age nos bastidores para evitar que se investigue e se discuta o que ela faz.
Com informações da Revista IstoÉ
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