Na manhã desta quinta-feira (25) a Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) ocupou a porta do Tribunal de Contas de Sergipe (TCE) mais uma vez levando pizza e doce de leite. O objetivo do protesto foi cobrar para que não haja impunidade após as revelações da Operação Navalha da Polícia Federal.
O Tribunal de Contas de Sergipe adiou novamente o julgamento dos embargos do conselheiro Clóvis Barbosa referente ao possível retorno de Flávio Conceição ao TCE.
O vice-presidente do SINTESE e diretor de Formação da CUT/SE, Roberto Silva, informou que toda vez que o julgamento for remarcado, haverá novo protesto do movimento sindical.
“A votação foi adiada, isso mostra que a mobilização sindical é importante. Nós não queremos que a Operação Navalha termine em pizza e muito menos em doce de leite. Por isso quando remarcarem a votação estaremos aqui de novo. O simbolismo da pizza é importante porque a gente não pode tratar a impunidade como uma coisa natural. A gente tem a obrigação de tratar a impunidade como uma coisa séria. Por isso a CUT está construindo essa resistência na porta do TCE. Viemos dizer: Flávio Conceição não e nunca mais”, discursou.
O conselheiro Flávio Conceição foi aposentado em 2016 acusado de envolvimento no desvio de verbas públicas relacionado à duplicação da adutora do Rio São Francisco. Essas investigações da Polícia Federal fazem parte da Operação Navalha. Todos os envolvidos foram inocentados no ano passo por invalidação das provas e a defesa de Flávio Conceição ingressou com pedido de retorno do ex-conselheiro ao TCE, mas o Ministério Público Federal recorreu da sentença e ainda não há definição sobre o assunto.
O presidente da CUT/SE, professor Rubens Marques, compreende que um possível retorno de Flávio Conceição prejudicaria a imagem do TCE.
“A CUT não tem interesse de atacar a imagem do tribunal. Ao contrário, precisamos de um TCE forte, atuante e respeitado por toda a sociedade sergipana para poder cobrar transparência das contas públicas em todos os municípios, assim como fiscalizar a devida aplicação da verba pública em saúde, educação e demais serviços públicos que atendem a população”, destacou.
Por Iracema Corso
Foto: Iracema Corso
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