O Governo Federal e o Congresso Nacional se entenderam e aprovaram a segunda fase do auxílio emergencial, que começa a ser pago nesta terça-feira (6) para a camada mais pobre da população. Uma medida social importante para essa parcela da população que passa por dificuldades, em razão da crise e do desemprego.
Mas, bem que o governo poderia ser mais “generoso” e ter aprovado o benefício no valor de R$ 600, quantia paga na primeira edição do auxílio emergencial, e não de apenas R$ 150, que é o valor estipulado para pessoas que moram sozinhas. O que faz uma pessoa com R$ 150? Compra o gás de cozinha, que por sinal o preço está nas alturas, mas a comida? O feijão, o arroz, o pão para o café da manhã? Tem gás, mas não tem o que cozinhar. O problema é que esses governos só pensam em arrecadar e arrecadar para manter seus privilégios e mordomias, o resto que se dane.
O que dizer também das micro e pequenas empresas que ficaram de fora da ajuda do governo? Essas tiveram uma pequena contribuição na primeira edição do auxílio emergencial, mas agora nem um centavo de real. Como é que esses pequenos empresários, que geralmente reúnem a família em torno da empresa, vão pagar o aluguel, as demais contas e principalmente o salário de seus funcionários se estão vendendo menos, inclusive muitas delas com as portas fechadas, principalmente nos finais de semana, em respeito às normas de prevenção e combate à Covid-19? O resultado de tudo isso é desemprego na certa e mais indigência.
Infelizmente, o governo virou as costas para quem mais emprega neste país. As micro e pequenas empresas, que sobreviveram a primeira onda da Covid-19, juntas geraram mais de 1.100 empregos nos últimos seis meses. Porém, nos últimos 12 meses, cerca de 10% delas fecharam as portas. Se o governo não socorrer as micro e pequenas empresas, que representam 27% do PIB, elas deixarão de existir e chegaremos ao final do ano com mais desemprego e sofrimento. Ou seja, as gigantes do mercado vão continuar se expandindo, enquanto as pequenas se encolhendo cada vez mais até finalmente desaparecerem do mapa.
O governo não pode continuar prestigiando as grandes empresas, que contam com generosas linhas de créditos facilitadas, e os banqueiros, que que só têm compromisso com o mercado e a lucratividade, e menosprezar aqueles que mais empregam, geram renda e contribuem com o progresso e o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
Caso o governo Bolsonaro não mude sua estratégia econômica, este será cúmplice e responsável direto pelo caos social que se vislumbra para o país.
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