Ex-presidente do PT defende Bolsonaro no caso do militar preso com cocaína em avião presidencial

O ex-presidente do Partido dos Trabalhadores em Sergipe, Silvio Santos, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no caso envolvendo o segundo-sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, preso na Espanha com quase 40 kg de cocaína. Ele estava em um avião da comitiva do presidente da República.

Diferente de alguns políticos de esquerda que atribuem de forma indireta a responsabilidade do presidente neste caso, Silvio Santos afirma ser irracional responsabilizar o chefe do executivo nacional no episódio.

“É irracional responsabilizar o presidente Bolsonaro nesse caso do oficial da FAB flagrado pelas autoridades espanholas traficando 39 kg de cocaína. Toda essa zoação só serve para acirrar e radicalizar as torcidas organizadas do Fla x Flu”, defende Silvio, responsabilizando o general Augusto Heleno, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), pela falha na segurança presidencial. Para ele, Bolsonaro é vítima de um sistema amador de segurança.

“Acho que nossa energia seria mais útil se ao invés de tentar jogar no colo do Bolsonaro, que nesse caso é vítima de um sistema amador de segurança, estivéssemos todos cobrando a falha grave de quem não cumpriu à risca sua obrigação: o general Heleno e seu GSI. Esse senhor não pode cometer a falha grave de não zelar pela segurança do presidente. Ao invés de andar batendo na mesa e fazendo bravatas deveria era vir a público e explicar melhor essa situação toda”, cobra o petista. 

Para Silvio Santos, o caso envolvendo a falha da segurança presidencial desmoraliza qualquer governante, a sociedade e o próprio país.

“Foram mostrados casos parecidos acontecidos com pelo menos cinco presidentes da República e praticados por oficiais das Forças Armadas. É inconcebível. Desmoralizante para qualquer governante, para a República e para a sociedade esses acontecimentos. Se acontecem casos dessa natureza com os últimos cinco presidentes já revela aí um modus operandi. Uma organização. A meu ver revela mais: a impunidade”, observa o ex-dirigente petista.

Silvio Santos afirma não acreditar na investigação feita pelas autoridades aeronáuticas. Para ele, essas investigações servem mais para apadrinhar e minimizar o escândalo.

“Só isso justifica a reincidência dos casos. Revela ainda que essas apurações, inquéritos, etc, interna corporis não satisfazem. Servem mais para abafar, apadrinhar, minimizar e, como vemos pela sucessão de eventos, estimular. Tudo isso nos dá inclusive o direito de questionarmos: será que esse sargento ou aqueles outros seus colegas que agiram anteriormente atuaram sozinhos?”, questiona Silvio Santos, que já foi vice-prefeito de Aracaju pelo PT.

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