Emília Correa: “não me interessaria ser vice na chapa de ninguém”

Muitos rumores surgiram em vários grupos políticos e em setores da imprensa com a ausência da vereadora Emília Correa no ato de filiação da delegada Danielle Garcia ao Cidadania, na manhã da sexta-feira (13), em Aracaju.

A parlamentar municipal, que é a principal liderança do Patriota em Sergipe, conversou neste domingo com o Hora News e revelou com exclusividade os motivos que inviabilizaram o seu comparecimento ao ato promovido pelo seu grupo político.

Na entrevista, Emília Correa reconhece a importância de Danielle Garcia na política sergipana, mas observa que sua prioridade é ser candidata a prefeita e não a vice. Ela cita as pesquisas eleitorais como critério de escolha, mas admite que este é um assunto que pode ser conversado com o grupo. Confira a entrevista.  

Hora News – O que a senhora achou da filiação partidária da delegada Danielle Garcia ao Cidadania?

Emília Correa – Sobre a filiação da Danielle Garcia, eu não tive nenhuma surpresa, eu só tive satisfação, porque na verdade uma das pessoas que mais incentivou fui eu. Conversei muito com ela, inclusive quando eu estive em Brasília, conversamos aqui, eu e ela somente, mostrando pra ela a importância da participação dela efetiva nesse grupo, porque ela já era desse grupo, ela já apoiava o grupo, mas ela precisava efetivar através de um partido. Que pena que não foi o Patriota (risos), gostaria que tivesse sido o Patriota, mas eu vejo a chegada dela como uma força a mais no grupo e mais uma opção de nomes ai para Aracaju. Nosso grupo tem sido realmente fortalecido e agora com a chegada dela ainda mais.

HN – A pré-candidatura dela atrapalha seus planos de disputar a Prefeitura de Aracaju?

EC – De forma alguma, porque nós fazemos parte do mesmo grupo. O importante é que o grupo tenha uma candidatura competitiva para que verdadeiramente a gente possa chegar e oferecer, mais uma vez repito, essa opção para Aracaju. Esse era o objetivo, trazê-la pra o grupo e ela como um nome bom também, é um nome que a gente pode está utilizando se assim for a decisão do grupo. A gente vai aguardar. Então, pra mim e para o grupo só foi uma grande satisfação, apoio e força.

HN – A senhora aceitaria ser vice numa chapa encabeçada por Danielle ou não abre mão de ser a candidata a prefeita, ainda mais por ter sido bem votada nas últimas eleições em Aracaju?

EC – Fazer uma chapa com Danielle, seja lá na posição que for, certamente é muito bom pra qualquer um. Seja ela prefeita, ela vice, ter uma chapa encabeçada com o nome dela, ela como prefeita ou ela como vice, sem dúvida é uma chapa forte. Não me interessaria ser vice na chapa de ninguém, porque eu penso que eu seria muito mais útil como vereadora ou como, até quem sabe, candidata a prefeita, mas esse é um assunto que ainda pode também ser conversado junto com o grupo, analisado. Eu já estou um pouco mais adiantada na caminhada, passei pelo teste da urna e o povo aprovou, então tem isso realmente, mas isso é uma situação que pode ser… isso não é uma garantia de absolutamente nada, é uma situação que pode ser conversada e tal, mas eu realmente não tenho… penso eu que não tenho muitos planos pra ser vice, porque eu sou muito inquieta pra fazer, pra realizar. Ai quem sabe seria muito mais interessante Emília na Câmara se realmente a decisão chegar nesse patamar. A decisão vai ser de grupo, vamos aguardar. Têm também os critérios de pesquisas.

HN – Porque a senhora não compareceu ao ato de filiação de Danielle Garcia ao Cidadania?

EC – Na quinta-feira nós tivemos uma sessão na Câmara Municipal intensa que eu não imaginei que ultrapassaria o dia seguinte. Eu cheguei por volta de 8h30 da manhã e a gente foi até mais de meia noite, eu estava exausta, exausta mesmo. E eu tinha no dia seguinte, logo cedo, a Defensoria Pública, tinha audiência, tinha atendimento lá no Fórum do Marcos Freire II. Inclusive, eu postei na minha rede social naquele momento onde eu estava, e foi só por isso. Era um momento muito aguardado a filiação dela, eu repito que uma pena que não foi ao Patriota, o meu partido. Foi um momento muito aguardado, muito conversado, ela sabe disso, o grupo sabe disso. Então, não tem absolutamente nada. Eu recebo com muito carinho e satisfação a chegada da Danielle ao Cidadania, porque ai ela realmente fica pronta pra disputar. Eu tenho certeza que o que ela resolver disputar será muito bem sucedida. Precisamos de pessoas como ela, precisamos de pessoas honestas. O nosso grupo está cheio de gente verdadeiramente comprometida, pessoas que não vivem da política como profissionais, pessoas que têm as suas profissões, os seus trabalhos e isso é muito importante porque dar independência para cada um. Então, foi exatamente isso, eu não estava presente, infelizmente, por conta disso. Estava exausta, fui dormir mais de 1h da manhã depois que cheguei da Câmara e no dia seguinte eu tinha a Defensoria Pública. E daqui a pouco eu estou fechando esse circulo, viu (risos), já são 33 anos trabalhando como defensora pública. Foi só isso.

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