O transporte público em Aracaju continua sendo uma das principais pautas dos políticos sergipanos. Há décadas que a licitação é prometida por vários prefeitos, incluindo Edvaldo Nogueira (PCdoB), mas não sai do papel.
O advogado Milton Andrade (NOVO), que concorreu ao governo do estado nas últimas eleições, criticou a demora do prefeito de Aracaju em realizar a licitação do transporte público da capital e região metropolitana.
Para o jovem empresário, a desculpa da complexidade da licitação por ser um processo que contemplará a capital e a região da Grande Aracaju não convence. Na avaliação do político, o prefeito sabia da complexidade, mas não se preocupou em se programar para este momento.
“A quem interessa não fazer a licitação do transporte público em Aracaju? O prefeito diz que é por que o processo licitatório é complexo, mas ele sabia disso, por que não se programou? Será que não houve tempo suficiente para ele conversar com os prefeitos da Grande Aracaju e agilizar o processo? Claro que houve”, diz Milton Andrade, acrescentando que a licitação ainda não foi realizada por falta de vontade política do prefeito Edvaldo Nogueira.
“Uma hora ele diz que a licitação ainda não ocorreu por que o Tribunal de Contas atrapalha e coisa e tal, mas se o tribunal interveio é por que alguma coisa irregular na elaboração do processo foi encontrada. Vamos ser muito sinceros, o que falta mesmo pra esta licitação sair é vontade política do prefeito”, dispara o mais recente filiado ao partido NOVO.
Milton Andrade, que pode concorrer a Prefeitura de Aracaju nas próximas eleições, questiona a quem interessa a não licitação do transporte coletivo e salienta que a população é penalizada com um transporte público caro e de baixa qualidade.
“A quem interessa não fazer essa licitação? Aos empresários? Aos políticos que ganham de alguma forma com esse sistema precário? Com certeza só não é a população, o usuário do transporte público. Pelo contrário, a população sofre muito com ônibus velhos, sucateados, sem nenhum conforto ao usuário que paga uma passagem caríssima e não tem um serviço eficiente”, conclui Milton Andrade.
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação
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