Inúmeros são os desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus, o Covid-19. Para se adequar às mudanças, os setores inovam e se reinventam a cada dia. Por causa do distanciamento social adotado como forma de evitar a disseminação do vírus, na área educacional, por exemplo, a sala de aula presencial foi substituída pela sala virtual. As aulas passaram a ser ao vivo, como é o caso das unidades do Grupo Tiradentes.
“A pandemia levou a educação a ser um dos setores com maior resposta e capacidade de modelagem e adequação do processo de ensino e aprendizagem”, declara o doutorando em Educação pela Universidade Tiradentes e pesquisador na área de Políticas Públicas da Educação, Jacques Fernandes.
“Temos visto durante a quarentena como os docentes, em todo o Brasil, estão se reinventando e reposicionando suas ações didáticas, conhecendo cada um a realidade dos seus educandos e adequando a metodologia para este e sua disponibilidade social”, complementa.
O pesquisador acredita que a probabilidade para a área educacional é sair fortalecido por causa das experiências vivenciadas e, com profundas mudanças no fazer pedagógico, impactando diretamente nos processos de formação docente.
“Observamos que após a pandemia será adotada uma nova postura social, que contemple nossa capacidade dialógica atrelada a capacidade de adaptação e modelagem de processos educativos. Também, teremos como efeito, a valorização em larga escala dos docentes mais propensos e abertos às adaptações para a construção de diálogos e didáticas on-line, a partir do contexto de nossos estudantes. Será um divisor de águas”, enfatiza o doutorando.
Políticas Públicas de Infoinclusão no Brasil
Jacques Fernandes, doutorando do Programa de Pós-graduação em Educação – PPED – da Unit, realiza, há dois anos, pesquisas sobre a Infoinclusão no Brasil e os desafios da inclusão Digital. Sob orientação da professora doutora Andréa Karla Ferreira do PPED/Unit, os estudos surgiram no Grupo de Pesquisa em Educação, Tecnologia e Contemporaneidade (GPETEC-UNIT-CNPq) a partir de provocações despertadas sobre o atual estado da conectividade e inclusão digital no Brasil.
“O principal fator motivador foi a percepção da existência de vários discursos e narrativas no meio educacional sobre Inclusão Digital e Infoinclusão, uma vez que há uma confusão com estes termos”, explica o pesquisador.
“A pesquisa surge da necessidade de entender este trajeto brasileiro, na busca de assimilar o que aconteceu e como se desdobraram estas duas políticas e seus efeitos reais nos dias de hoje”, acrescenta.
“Para realizar o estudo, voltamos nosso olhar para a região menos info incluída do Brasil, segundo pesquisas do Comitê Gestor da Internet do Governo Federal, que é o sertão de Alagoas. Nesta área ocorre um efeito comum no Brasil que é a má distribuição proporcional de disposição de banda de internet por habitante”, finaliza.
Fotos: IAE-UGT (Destaque)/Divulgação (Professor)
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