O senador Eduardo Amorim (PSC-SE) utilizou nesta terça-feira, 14, a tribuna do Senado, para falar sobre a greve dos servidores federais em todo o país. O tema foi escolhido como fruto de uma reunião que o senador teve no início da semana com representantes dos sindicatos da área de Saúde em Sergipe.
Estamos presenciando no Brasil uma situação alarmante. São mais de 30 categorias de Servidores Federais em greve. Os professores e os servidores técnicos administrativos das universidades federais e das escolas técnicas federais encontram-se paralisados há cerca de 90 dias e, nas últimas semanas, funcionários da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária também aderiram ao movimento, exclamou o parlamentar, que também relatou sobre a situação que Sergipe está passando com essas greves, inclusive dos servidores federais da área da Saúde.
No meu Estado não tem sido diferente do restante do país, onde as diversas categorias estão organizadas, junto aos seus Sindicatos, à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal e ao Comando Nacional da Greve, no sentido de negociar com o Governo Federal suas reivindicações, explicou o senador.
Eduardo Amorim destacou às reivindicações na área da Saúde, que tem como eixos principais a definição da data base para 1º de maio, política salarial permanente, com reposição inflacionária, valorização do salário-base, incorporação de gratificações, com paridade entre ativos, aposentados e pensionistas, cumprimento dos acordos e protocolos de intenções firmados, realização de concurso público e ampliação de verbas para execução dos serviços públicos, a exemplo do que ocorre no segmento educacional. Inclusive, o percentual de 10% do PIB para educação foi defendido por mim, no plenário desta Cas, dentre outras reivindicações, relatou.
O senador lembrou que o governo federal deu início, também na manhã de terça-feira, a reuniões para discutir a pauta de reivindicações dos servidores federais paralisados que, segundo ele, devem seguir até a próxima sexta-feira, 17. Eduardo destacou também que com as propostas do governo colocadas de forma objetiva na mesa de negociações, as categorias poderão analisar e votar em suas assembleias.
Outro fator observado pelo parlamentar é que o Executivo só tem até o dia 31 deste mês para encaminhar projetos de lei ao Congresso Nacional com previsão orçamentária para 2013. Este momento se torna crucial, tanto para os servidores, quanto para o governo chegarem a um acordo em relação ao que pode ser atendido na pauta de reivindicações do conjunto dos servidores federais, sinalizou.
O parlamentar finalizou seu discurso dizendo que ninguém pode fechar os olhos para a necessidade de investimentos em recursos humanos. Sem estes servidores, não há nenhum tipo de serviço que funcione. Defendemos que um dos melhores investimentos que um país pode fazer é, sem dúvida, no seu material humano, finalizou Eduardo Amorim.
Da Assessoria Parlamentar
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