O ex-senador Eduardo Amorim, que até poucos dias presidia o Diretório Estadual do PSDB, lamentou a forma como a Executiva Nacional mudou o comando do partido em Sergipe. Ele foi substituído pelo senador Alessandro Vieira, que assumiu a presidência e foi lançado oficialmente pré-candidato a governador pela Federação PSDB/Cidadania.
Em entrevista exclusiva ao Hora News, nesta segunda-feira (28), Eduardo Amorim criticou a Direção Nacional por ter agido de forma desrespeitosa com ele e os membros da Executiva Estadual. Ele também afirmou que não pretende entrar com ação na Justiça para rever o comando do partido, mas não garante que sua decisão será seguida pelos demais membros da antiga diretoria.
“Eu não vou, agora o Diretório não sou eu, mas eu não vou. Não tenho mais interesse nisso. Não vou entrar com ação. Mas, assim como eu, muitos lá ficaram revoltados, chateados, porque não foram elegantes conosco, por tudo que fizemos, por nossa história. Então, eu não tenho como garantir que um deles não entre com uma ação. Se alguém entrar na Justiça não será aconselhado por mim. E se entrar certamente ganha pela forma errada que foi feita essa substituição. Se eles me perguntarem eu digo que eu diretamente não vou fazer isso, não vou entrar, mas não posso garantir por eles”, explica Eduardo Amorim, que admite ter sido procurado por Alessandro Vieira.
“Não tenho nada contra o senador Alessandro, ele até me ligou para a gente conversar, mas eu estava numa cirurgia no hospital e não pudemos conversar, ele ficou de remarcar, mas foi quando ele precisou viajar para Brasília. Mas repito: nada contra o delegado, ele assumiu porque alguém o convidou”, salienta o médico anestesista.
Eduardo Amorim desconfia que a mudança de direção pode ter sido uma revanche por ele não ter declarado voto em João Dória nas prévias para a escolha do pré-candidato do PSDB para a Presidência da República.
“Arrumei e organizei o partido, não me arrependo de nada. Dória esteve aqui, mas em nenhum momento declarei apoio a ele na disputa pela prévia. Muitos queriam que eu declarasse, mas não declarei, até porque precisava ouvir também os outros pré-candidatos. Tem gente que me diz que foi uma revanche. Eu não sei, não posso garantir, mas já ouvi falar nisso sim. Eu cheguei a ligar para Bruno Reis para saber o que estava acontecendo, ele me disse claramente que foi coisa de São Paulo”, lamenta Eduardo, que anuncia sua desfiliação do PSDB.
“Já lhe comunico aqui em primeira mão. No PSDB eu não fico mais. Não tenho motivos para continuar. Nós não fomos ouvidos sobre a mudança. Eu fiquei sabendo de alguma coisa pela imprensa e pelas redes sociais. Total falta de consideração, isso não se faz. Eu só defendo aquilo que acredito, por isso não fico mais. Posso até me equivocar, mas não fico mais no partido”, desabafa Eduardo.
O ex-senador reafirmou que disputará a vaga para o Senado Federal e revelou ter sido convidado por vários partidos, entre eles o PSB dos Valadares.
Por Redação
Foto: Divulgação
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