O arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom João José Costa, que teria pedido renúncia do cargo, segundo informou a Arquidiocese de Aracaju, nesta quarta-feira (19), desmentiu a informação da própria igreja de que teria partido dele a solicitação de renúncia do cargo de arcebispo metropolitano.
“Eu não pedi renúncia para deixar minha função de arcebispo de Aracaju. Isso foi uma decisão que veio lá do Vaticano, a Anunciatura me passou. Infelizmente, eu não gostaria de renunciar e nem de sair desta minha missão. A gente fez um trabalho que deu bons resultados para nossa arquidiocese. Para mim, foi uma surpresa que me deixou bastante constrangido. Eu não gostaria de renunciar, meu plano, meu objetivo era concluir meus 75 anos a frente dessa arquidiocese”, desabafou o religioso, salientando que a decisão não teve sua aprovação.
“Eu não solicitei e não gostaria de renunciar não. Meu desejo era concluir os meus 75 anos, aí tudo bem, chega um tempo previsto que a gente renuncia. Então, essa decisão não tem nada a ver comigo. E eu diria que gente está fazendo um trabalho interessante que não valeria a pena renunciar esta minha missão”, observa.
De acordo com Dom João Costa, o núncio apostólico, que é o representante do Papa no Brasil, teria o convidado para ir à Brasília e apresentado uma decisão de “demissão” do cargo, atribuída ao Papa Francisco, sem apresentar nenhuma justificativa.
“Ele me chamou para ir lá em Brasília e me trouxe essa decisão do Santo Padre, que eu deveria renunciar, e eu não encontro motivos para isso. Não me trouxe os motivos não, apenas disse que o papa tinha decidido”, relata.
Dom João Costa afirma que a partir de agora será bispo emérito e lamenta não poder mais desempenhar a função de arcebispo.
“Eu vou ficar como bispo emérito. Vou ficar morando em Aracaju, mas infelizmente não assumindo a missão de arcebispo”, disse o bispo em entrevista a Rio FM.
Também se levantou na decisão anunciada pela Arquidiocese que o arcebispo estaria com problemas de saúde, possivelmente com Alzheimer. Ele, no entanto, garantiu que está bem de saúde.
“Graças a Deus, não. Estou bem, graças a Deus”, tranquiliza os fieis, reafirmando que não pediu renúncia do cargo, mas demitido da função.
“Uma coisa é eu pedir renúncia, e outra coisa é eu ser demitido da função que eu exerço”, conclui Dom João Costa, que teria direito a mais 10 anos no comando da igreja, antes da aposentadoria obrigatória, ao completar 75 anos de idade.
Por Redação
Foto: Arquidiocese
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