Nesta segunda-feira, 5, foi celebrado o Dia Nacional das Micro e Pequenas Empresas. Uma data que deveria ser de comemoração ao empreendedorismo por meio dos pequenos negócios, que são responsáveis por mais da metade das carteiras assinadas no Brasil.
Contudo, a crise provocada pela pandemia de Coronavírus trouxe reflexão sobre o futuro desse segmento. Marco Pinheiro, presidente da Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese) lembrou que muitas empresas não sobreviveram às dificuldades encontradas.
Diante das tribulações, o gestor entende que falta maior apoio do poder público para os pequenos negócios.
“Não há uma política clara e objetiva que incentive a criação e manutenção de empresas desde sempre, mas isso toma maior relevância neste momento”, analisa.
“O otimismo é importante, mas é preciso analisar o que é preciso melhorar. O empresário precisa agora de crédito, mas também de políticas públicas diferenciadas. Tem setores que foram prejudicados e precisam desse olhar”, assegura Marco Pinheiro.
Os pequenos negócios têm crescido no Brasil empurrados pelo aumento do desemprego. Durante a pandemia, o Brasil ganhou 1 milhão de microempreendedores individuais, chegando a 10,8 milhões. No final de agosto, os MEIs eram responsáveis por 55% do total de 19,289 milhões de empresas ativas.
Mas falta estímulo. Para o presidente da Acese, as políticas passam pela criação de estatutos das micro e pequenas empresas nos municípios, além da desburocratização que tanto prejudica e desestimula os empreendedores. O resultado disso é o aumento da informalidade.
“Se alguém se formalizar, terá que contratar um contador, ou seja, terá um custo. Se abrir o negócio em casa, pagará um IPTU dobrado e receberá a vistoria do Corpo de Bombeiros e outros órgãos. São vários pontos que desestimulam e isso tem que ser analisado em uma data como essa”, finaliza Pinheiro.
Por Daniel Soares/Acese
Foto: Divulgação
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