Deputada defende prisão de vereador que agrediu ex-companheira e acusa polícia de prevaricação

Ele já deveria ter sido preso desde a primeira vez que fez a primeira ameaça

Em entrevista exclusiva, nesta segunda-feira, ao Programa Comércio em Debate da Rádio Comércio (radiocomercio.com.br) a deputada estadual Ana Lúcia (PT) defendeu a prisão do vereador Gibson Rodrigues da Cruz (Irmão Gibson), do PSC, que agrediu fisicamente a ex-companheira Mara Santos Rodrigues da Cruz. A parlamentar observou que o vereador deveria dá o bom exemplo por ser uma autoridade, um homem público. “Eu acho que ele por ser uma autoridade, um agente público houve um vacilo. Ele já deveria ter sido preso desde a primeira vez que fez a primeira ameaça. Aí vem toda uma lei que protege e que termina caindo no esquecimento. Mas eu espero que o juiz da comarca com o delegado, me parece que pelas entrevistas eles estavam bem decididos a tomar providências urgentes, precisam tomar por que ele precisa se reeducar. Imagine, ele se diz evangélico e eu digo que ele nunca leu a bíblia por que a bíblia prega a paz e não a violência. Como é que você ler um livro que diz que eu tenho que exercitar o meu temperamento, a minha forma de ser para ter tolerância, pra saber ver o outro. Eu tenho raiva da natureza humana, mas não pra eu ta matando e batendo nas pessoas”, defendeu.

Na opinião da deputada houve prevaricação por parte das autoridades policiais ao não adotarem as providências a partir da primeira agressão praticada pelo vereador. “Eu acho que da primeira notificação dela houve sim prevaricação. Depois de mais de um mês ela novamente agredida e de forma mais violenta é que as providências começam a ser tomadas. Esse é um problema de uma sociedade extremamente dividida, excludente, onde as pessoas não têm a oportunidade de serem informadas, esclarecidas, de viver com mais liberdade de expressão. E isso se dá através de políticas da cultura”, salientou Ana Lúcia.

Licitação do Transporte Público

Ana Lúcia também defendeu a licitação para o transporte público de Aracaju. Ela elogiou a iniciativa do prefeito Edvaldo Nogueira e observou que o táxi lotação é quem está salvando a população da deficiência no transporte público. “Esse é o grande debate, o debate da mobilidade urbana que passa pelo transporte público, pela licitação e pelo reordenamento das ruas. Acho que foi uma boa iniciativa da SMTT, do Samarone e do prefeito Edvaldo Nogueira em fazer esse seminário para que a gente possa opinar pelas mudanças que nós temos que ter em nossa capital. Nós temos pessoas que fazem o comércio nas calçadas. Sergipe já precisa da licitação, nós precisamos de um plano diretor para o transporte público no estado e não só em Aracaju. É um problema sério, grave. Eu espero que este ano seja exigido o problema da licitação. O trabalhador passa uma hora no ponto de ônibus, isso não pode. O táxi lotação é quem está salvando os trabalhadores”, observou a deputada.

“Greve” da Polícia Militar da Bahia

Sobre o motim realizado pela Polícia Militar da Bahia para reivindicar salário justo e melhores condições de trabalho, a deputada sergipana defendeu o diálogo entre polícia e governo. Ela também disse ser favorável a uma nova lei orgânica da Polícia Militar. “Eu acho que não só o da Bahia, mas na maioria dos estados o policial ganha muito mau, por que o segundo melhor salário é de Sergipe. Então os demais estados precisam abrir o diálogo com a segurança pública, precisam discutir com a segurança pública que o policial tem que ter acima de tudo um comportamento. Portanto, o treinamento do policial não pode ser só pra repressão, com certeza ele tem que saber de táticas, estratégia de como reprimir no momento pra evitar catástrofe, evitar chacinas e tudo mais, mas ele precisa aprender que a missão maior dele é preventiva, é do diálogo. Então eu vejo que o Jacques Wagner precisa dialogar. Ele precisa ver no seu orçamento de como atender a gratificação e se não for 100% ver o que é possível atender. Não adianta radicalizar das duas partes. Eu tenho uma preocupação muito grande com essa questão dos militares por que eles têm que ter comportamento diferente na sociedade por serem os únicos profissionais que legalmente podem usar arma legal. Nenhum cidadão pode usar arma legal, a não ser quem consegue porte de arma e aí ele vai ter uma responsabilidade semelhante ao militar. Mas do contrário eles têm esse poder inclusive de definir se atiram ou não. Hoje eles querem a lei orgânica deles, está mais do que correto, tem que mudar, nós estamos no regime democrático” defendeu.

O Comércio em Debate acontece agora em um novo horário, das 12h às 14h, de segunda a sexta-feira. O programa é apresentado pelo jornalista Paulo Sousa e pelo radialista Robson Santana e conta com a participação de repórteres e comentaristas.

Comente

Participe e interaja conosco!

Arquivos

/* ]]> */