Déda vê críticas sobre empréstimo como falsa polêmica que prejudica Sergipe

O governador Marcelo Déda (PT) considera uma falsa polêmica a discussão em torno das operações de crédito que o Governo do Estado pretende contrair junto ao Governo Federal e a solicitação de autorização à Assembléia Legislativa para promover o empréstimo. Déda explica que devido à crise financeira internacional e à queda do Fundo de Participação dos Estados, o Governo da presidenta Dilma disponibilizou mais de R$ 20 bilhões para ajudar aos 27 Estados.

“É uma falsa polêmica de alguém que quer que o único Estado brasileiro que não tenha acesso a estes recursos seja o Estado de Sergipe. Se Sergipe não tiver acesso, quem será prejudicado é o povo sergipano, porque estes recursos estão sendo captados, primeiro para viabilizar investimentos já iniciados e outros que irão iniciar, atendendo as reivindicações do povo sergipano, e segundo, para reduzir a própria dívida do Estado porque parte dos recursos captados pelo Pró-Investe serão para pagar o PF1, que foi uma operação realizada em 2009 entre o Governo do Estado e o BNDES, e a outra parte para viabilizar as contrapartidas dos convênios com o Governo Federal. É algo feito por todos os governos dos 27 estados, Bahia, Alagoas, Maranhão, São Paulo, Rio de Janeiro, que são ricos, e querem tirar Sergipe? Querem fazer Sergipe um patinho feio? Eu não vou deixar acontecer isso, as mulheres e os homens de bem de Sergipe não vão deixar isso acontecer, e nem a Assembléia vai deixar acontecer isso”, afirmou o governador.

Déda explica que o Estado tem capacidade de pagamento, numa situação privilegiada em relação aos demais estados, e quem avalia isso é a Secretaria do Tesouro Nacional. “De toda capacidade de tomar empréstimo,  Sergipe só usou a metade, tem disponível R$ 1,4 bilhão, mas só está querendo R$ 727 milhões. O limite de comprometimento da receita do Estado para pagar é de 11%, isso dito pela Secretaria do Tesouro Nacional, mas só vamos comprometer 6%”, explica o chefe do Executivo estadual.

O tesouro nacional está oferecendo empréstimo com juros baixos para pagar em 20 anos. Se há polêmica, para Déda, é sem base. “No meu governo, nós conseguimos reduzir o comprometimento com a dívida. É menor do que quando recebi o Governo em 2007. As condições das finanças do Estado são saudáveis. Não há risco, nem agora, nem para os futuros governantes. Haverá risco se este dinheiro não entrar, porque vai paralisar a obra da Rodovia Pirambu/Pacatuba, não vamos construir a rodovia Campo do Brito/Itabaiana  e que vai até Itaporanga, paralela à BR-235, para escoar a produção hortifrutigranjeiro dos municípios. Não temos condições de construir as cinco escolas técnicas que estão no programa para complementar os recursos financeiros que o Governo Federal repassou. É impedir que o Estado se desenvolva e os municípios sejam beneficiados”, explica.

Para o governador, esse empréstimo é vital do ponto de vista dos investimentos e porque vai reduzir os compromissos do Estado com dívidas antigas. “Nós vamos aproveitar que os juros caíram para pagar dívidas antigas que são cobradas com juros mais altos para que o Estado tenha ganhos financeiros para que possa reaplicar no seu custeio, na folha de pagamento e em investimentos”, afirma.

 

 

 

Fonte: ASN

2 cmentários

Participe e interaja conosco!

Arquivos

Categorias

/* ]]> */