O governo dos Estados Unidos se manifestou oficialmente sobre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ao chegar da viagem à China e aos Emirados Árabes, afirmou que Washington e Bruxelas incentivam a guerra na Ucrânia ao enviarem armas para Kiev sem se preocuparem em negociar a paz.
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, discordou da opinião do presidente Lula, rejeitando que Washington compartilha responsabilidade pela guerra na Ucrânia, e fez questão de reconhecer a importância da parceria com o Brasil.
“Acreditamos, e é verdade, que [as declarações] estão completamente erradas”, afirmou a porta-voz, acrescentando que os Estados Unidos querem o fim da guerra.
“Claro que queremos que a guerra termine, é claro. O que escutamos, o tom não foi neutro, e não é verdade”, disse, reafirmando o compromisso com a boa relação com o Brasil.
“Estamos confiantes na relação com o Brasil, mesmo que não concordemos com algumas coisas que o presidente Lula disse”, concluiu.
A representante do governo norte-americano foi questionada sobre a posição do Brasil sobre o conflito e os comentários do presidente Lula.
Demonstrando alinhamento aos países defensores da guerra, boa parte da grande mídia brasileira criticou o presidente Lula por ele defender o fim de guerra e o restabelecimento da paz na Europa, e por afirmar que os países que enviam armas para a Ucrânia estão incentivando a continuidade da guerra.
Por Redação
Foto: Evelyn Hockstein/Reuters
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