A delegada Danielle Garcia, que disputou a Prefeitura de Aracaju nas eleições de 2020, ficando em segundo lugar, está sendo alvo de processos na Justiça por sua atuação profissional.
Ela foi designada em 2014 a cumprir o mandado de prisão do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, e coordenou em 2016 a ‘Operação Babel’, que investigou a empresa Torre, responsável pela coleta de lixo de Aracaju.
A ‘Operação Babel’ teve como finalidade apurar possíveis irregularidades na contratação de empresa para a coleta de lixo referentes ao ano de 2016. À época das investigações, Danielle Garcia coordenava o Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap).
Em entrevista nesta quinta-feira (1) aos jornalistas Paulo Sousa, Rosalvo Nogueira e Lomes Nascimento, no Jornal da Manhã (Jovem Pan), a delegada se disse surpresa com as notificações judiciais e lamentou que agora o investigador esteja sendo alvo dos investigados.
“Uma coisa interessante que eu quero dizer a vocês, talvez eu esteja dizendo isso pela primeira vez, no pós eleição eu tenho sido muito demandada judicialmente. Isso me entristece demais, porque toda hora um oficial de Justiça em minha porta, eu sendo processada pelos meus adversários políticos”, lamenta a delegada de polícia.
Segundo Danielle Garcia, a estudante de publicidade Isadora Sukita, filha do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, a acusa de ter prendido o pai em 2014 visando as eleições de 2020.
Danielle Garcia revela ainda que a empresa Torre Empreendimentos, que foi investigada por corrupção pelo Deotap, entrou com um processo na Justiça contra ela pedindo R$ 100 mil a título de indenização.
“Eu não estou fazendo nada de errado, mas eu estou sendo processada por Isadora Sukita, porque supostamente prendi o pai dela em 2014 pensando nas eleições de 2020. Olhe que absurdo. Eu estou sendo processada pela empresa Torre, que pede uma indenização de R$ 100 mil a mim, porque eu citei o nome da empresa na campanha. Olhe o absurdo”, critica Danielle.
Outra ação judicial contra a delegada partiu da nora do prefeito Edvaldo Nogueira. O motivo? Danielle teria citado na campanha que ela é detentora de cargo comissionado na prefeitura.
“E agora, mais recentemente, processada pela nora de Edvaldo Nogueira porque foi citado o nome dela como ela sendo cargo comissionado da prefeitura. O que é verdade. Espera aí, mas é o poste mijando no cachorro? O que é isso? Só porque eu me coloquei como candidata? Um absurdo isso. Então, olhem como é difícil para nós cidadãos comuns querermos enfrentar o sistema que está ai posto. É muito difícil”, conclui.
Ainda, na entrevista, Danielle Garcia anunciou que disputará um cargo político em 2022 e que sua preferência é pelo legislativo.
Por Redação
Foto: Rosalvo Nogueira
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