Crise na segurança pública: policiais e bombeiros de Sergipe estão no limite

É indiscutível a certeza de que a atividade policial no Brasil é arriscada e perigosa. Também é destacável aos olhos mais atentos a convergência de interesses tão coesos entre policiais civis, policiais militares e bombeiros militares de Sergipe. A crise na segurança pública instalada no Governo de Belivaldo tem se estendido por muito tempo e esses profissionais estão no limite da paciência e da esperança.

A insensibilidade, intransigência e irresponsabilidade do Governo de Belivaldo diante dos reclames destes homens e mulheres que arriscam suas vidas diariamente em defesa do povo sergipano chama a atenção de toda a sociedade. Não existe motivação para o trabalho quando o profissional é desvalorizado ou perseguido por lutar por melhorias. Vivemos um momento em que vigora o Estado Democrático de Direito, onde a soberania popular é fundamental. Expressar a nossa luta pelo Movimento Polícia Unida de forma pacífica é externar à sociedade que esses profissionais são comprometidos com suas missões, mas atravessam um momento ímpar em suas inquietações.

A combinação de inflação elevada e a expectativa de aumento salarial condizente com as necessidades destes profissionais torna o cenário que já estava ruim ainda pior. Há meses os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares de Sergipe lutam por adicional de periculosidade, reposição inflacionária e reestruturação das respectivas carreiras de forma que contemple os profissionais da ativa e inativos. Até o momento, nenhum dos itens foi sinalizado positivamente pelo Governo. Diante desse cenário, é incompreensível inclusive os motivos que levam o secretário da Segurança Pública, João Eloy de Menezes, a permanecer à frente da pasta e suportar tanto descaso por parte do governador Belivaldo Chagas.

As lideranças do Movimento Polícia Unida e os integrantes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros têm feito o dever de casa: continuam lutando por melhorias em suas carreiras e disponíveis para o diálogo. Falta agora o Governo sinalizar contrapartidas que se adequem às necessidades destes profissionais, que saem de casa todos os dias para trabalhar na incerteza do retorno para o convívio familiar. Ser policial não é tarefa fácil, mas quando gostamos da profissão que escolhemos lutamos por ela até o fim. Governos passam, mas a nossa missão em proteger a sociedade permanece.

Por hora, cabe afirmar que os rumos do Movimento Polícia Unida em Sergipe vão depender diretamente da mudança de postura do Governo de Belivaldo. Os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares estão cansados de dançar conforme a música. É o momento do Governo mudar o disco e propor uma nova trilha musical para a segurança pública do nosso estado. É o momento de reduzir a violência e a criminalidade nos 75 municípios. O povo sergipano agradece.


Adriano Bandeira é policial civil, bacharel em Direito e em Ciências Contábeis, especialista em Gestão Tributária e Planejamento Fiscal, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe, e articulista colaborador do Hora News.

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