CPI da Saúde confirma irregularidades em contratos de Hospitais Filantrópicos com Prefeitura de Aracaju

Foram mais de duas horas de reunião as portas fechadas antes da entrega do relatório, aprovado com ressalva, na manha desta terça-feira, 29, pelos cinco membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, que investigavam os contratos entre hospitais filantrópicos e Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA).

Foram aproximadamente seis meses de apuração. Desvio de finalidade, uso indevido de verbas, leitos vazios, meses de filas de espera para atendimento e contradições sobre os pagamentos de receitas entre gestores foram os principais assuntos relatados pelos parlamentares.

De acordo com Isac Silveira (PCdoB), relator da Comissão, o documento apresenta algumas irregularidades, a exemplo do cumprimento do contrato na sua totalidade. “O ex- diretor Gilberto Santos e a atual secretaria de saúde, Waneska Barbosa, afirmaram, durante as oitivas, que há um impasse no entendimento do recebimento da verba da oncologia. O próprio Gilberto relatou que o dinheiro não era usado necessariamente para tais fins, o representa desvio de dinheiro público, ou seja, desvio de finalidade, que é crime”, ressaltou.

Já para presidente da CPI, Seu Marcos (PHS), embora a Câmara Municipal não tenha disponibilizado as equipes técnicas necessárias, tanto jurídica, quanto contábil, o relatório foi fiel aos depoimentos das testemunhas e os documentos apresentado pelas instituições. “Não tenho dúvida que o relatório da CPI vai contribuir para explicar algumas dúvidas sobre a saúde pública nas capital. Encaminharemos agora para os órgãos de fiscalização. Vamos apresentar denúncia e esperar a justiça fazer o seu papel. Fizemos o nosso”, explicou o presidente.

Para os vereadores Anderson de Tuca (PRTB) , Cabo Amintas (PTB) e Jason Neto (PDT), a falta de apoio do presidente da Casa Legislativa dificultou uma análise mais criteriosa. Entre as ressalvas de Cabo Amintas estão: nepotismo na estrutura administrativa do Cirurgia, uso indevido de verbas e contratação indevida de empresas de familiares para prestação de serviço aos hospitais.

Fonte: CMAJU

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